Teve início na manhã desta quarta-feira (22) no auditório do Fórum de Picos, o julgamento do acusado de matar a jovem Ana Régia Rodrigues assassinada com um tiro na cabeça em junho de 2011 em Picos. Após passar dois anos preso, o acusado Paulo Francisco da Conceição, ex-marido da vítima, vai a júri popular, além de serem ouvidas as testemunhas arroladas pela defesa e acusação. A expectativa é de que até ao final da tarde a sentença final e cumprimento da pena sejam determinados.
Ana Régia Rodrigues de Sousa, 20 anos, foi encontrada morta no dia 02 de junho de 2011, na Rua do Cruzeiro, centro comercial de Picos. O corpo de Regina estava ensanguentado dentro de uma S-10, cor branca, placa NIL 2760, de Picos.
De acordo com a mãe da vítima, Anatália Rodrigues de Sousa, o sentimento e esperança é de que a justiça seja feita. ?Eu espero que a justiça seja feita, apesar que prender o assassino do crime não traz minha filha de volta, mas conforta um pouco esta dor que tenho sentido?, conta a mãe.
O julgamento está sendo presidido pela juíza da 5° Vara de Execuções Penais da Comarca de Picos, Nilcimar Rodrigues de Araújo Carvalho. Inicialmente serão ouvidas as testemunhas de acusação, posteriormente de defesa e por fim o depoimento do acusado de cometer o homicídio conta a ex-mulher, Paulo Francisco da Conceição. O réu chegou ao Fórum por volta das 9h acompanhado de forte segurança policial.
Jurados
Compõem o júri popular sete pessoas (cinco homens e duas mulheres) sem antecedentes criminais e que não possuem nenhuma relação com a vitima e nem o acusado. Os sete nomes foram obtidos através de sorteio realizado às 9h45 perante todos os presentes no julgamento.
Por determinação da justiça, após sentarem nas cadeiras do júri, os jurados não podem mais se comunicar entre si e nem com os demais.
Depoimentos
Foram ouvidas até 11h da manhã de hoje, momento em que esta matéria estava sendo redigida três testemunhas de acusação: um policial que atendeu a ocorrência na noite do crime, e familiares da vítima ? tio e padrasto.
A primeira testemunha a depor foi o policial militar, Joel Moura Barros. Joel foi um dos policiais que atenderam a ocorrência na noite do crime. O mesmo em depoimento informou que após detectarem que a jovem estava morta, começaram a buscar algum vestígio no veículo que pudesse trazer indícios do agressor.
?Começamos a procurar e encontramos uma carteira com os documentos pessoais de Paulo Francisco, além de um estojo de balas compatíveis a um revólver calibre 38,? disse o policial. Joel Barros ainda informou que a munição utilizada era de forte impacto e penetração no corpo humano.
O segundo depoente, Giulimar Rodrigues de Sousa, (tio da vítima) disse que sua sobrinha havia se separado após descobrir traições do companheiro. No entanto ressaltou que o casal mantinha um bom relacionamento.
Giulimar ainda declarou que no dia do crime, Ana Régia havia recebido uma ligação do ex companheiro que lhe pagaria uma quantia em dinheiro.
?Ela tinha de receber um dinheiro dele de uma fatura telefônica, e neste dia ele ligou para ela marcando um encontro para lhe pagar?, relatou o tio.
Após o depoimento do tio, a terceira testemunha a ser ouvida é José Wellington Gonçalves ? padrasto de Ana Régia. Em sua fala ela confirma que a separação se deu porque sua enteada havia descoberto que Paulo teria uma amante.
Ao todo serão ouvidas mais duas testemunhas de acusação e as arroladas pela defesa.