A ex-presidiária Isabel Batista da Silva, 20 anos, morreu às 16h30 de sexta-feira (18/07) após uma parada cardiorrespiratória, na Unidade De Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (HEDA) em Parnaíba. Ela teve 82% do corpo queimado por um incêndio, provocado propositalmente por outra detenta, dentro da cela onde estava alojada na penitenciária mista. Isabel deu entrada no HEDA na última terça-feira (08/07) dia em que aconteceu o incêndio.
Silva sofria de um quadro clínico gravíssimo. Apresentava queixa interna de dor, falta de ar, tosse, secreção pulmonar, queimaduras das vias aéreas, passou por fisioterapias intensivas, troca diária de curativos e várias medicações. O estado dela era grave de maneira tal que não podia ser transferida para um hospital de Teresina. Ela teve que dormir algumas vezes praticamente sentada.
A Isabel Silva e mais quatro mulheres foram vítima de uma tentativa de suicídio provocada por uma detenta identificada como Tatiana Alves dos Santos. A jovem ficou conhecida da polícia após a prática de furtos nos municípios de Luís Correia e Buriti dos Lopes. O corpo foi transferido para o Posto Avançado do IML de Parnaíba por uma equipe coordenada pelo agente Ricardo Fontenele. Familiares da jovem estavam no IML para obter mais informações e aguardar os procedimentos de liberação. Segundo os dados clínicos coletados no dia de sua admissão ao hospital, a mesma estava grávida.