Segundo informações da 60ª Delegacia de Polícia (Campos Elíseos) do Rio de Janeiro, a ex-amante do pai da menina Lavínia Azeredo será indiciada pela morte da menina de seis anos, desaparecida desde a última segunda-feira e cujo corpo foi encontrado hoje embaixo de uma cama num dos quartos do Hotel Municipal, em Duque de Caxias. De acordo com os primeiros resultados periciais, Luciene Reis Santana teria utilizado um cadarço para asfixiar a criança.
A acusada está presa desde a manhã desta quarta na 60ª DP e deve ser transferida para a carceragem da Polinter até o fim do dia. Ela ficará detida preventivamente pelos próximos 30 dias e será indiciada por sequestro seguido de morte, com pena de 24 a 30 anos. A prisão foi decretada pela 4ª Vara Criminal de Duque de Caxias.
A ex-amante negou a autoria do crime ao chegar na DP e, posteriormente, durante depoimento, ela confessou que matou a criança, segundo informou o delegado responsável pelo caso, Robson da Costa.
Luciene teria confessado o crime depois que sua mãe, a aposentada Neide Reis, de 57 anos, conversou com ela no interior da delegacia. Os investigadores não informaram se Luciene já possui advogado.
Mais cedo, o delegado já demonstrava convicção ao apontar Luciene como autora do crime. "A gente já tem certeza que foi ela", afirmou. O principal indício contra a acusada é uma sequência de imagens do circuito interno de um ônibus, que mostra Lavínia na companhia da ex-amante do pai, Rony dos Santos de Oliveira. ?Ela [Luciene] pegou ônibus com a menina e isso foi filmado. Na manhã em que a menina foi sequestrada, a gente tem imagem dela no ônibus?, relatou o delegado, que confirmou ainda a existência de três testemunhas essenciais para o desfecho do caso ?seriam funcionárias do hotel que viram Luciene no dia do crime.
Segundo a versão da polícia, Lavínia, que completaria sete anos no dia 13 de março, foi morta por ganância, provavelmente no mesmo dia em que foi raptada. O delegado acredita que Luciene tinha interesse em roubar cerca de R$ 2.000 que o pai da criança conseguira com a venda de um carro. Ao invadir a casa da família, a ex-amante teria sido vista pela menina e concluiu que deveria levá-la para evitar o flagrante. Na noite de terça-feira (1º), um vizinho da família informou à polícia ter visto uma mulher arrastando uma criança. Os investigadores já suspeitavam do envolvimento de Luciene, mas ela inicialmente negou a autoria do crime.
O corpo da vítima ainda passará por novos exames, inclusive a partir das digitas, mas os primeiros laudos apontam que Lavínia teve uma parada respiratória em razão da asfixia. Quanto ao inquérito policial, o delegado Robson da Costa afirma já considera concluído o caso.