"Está tudo bem aqui", essa foi a última mensagem enviada pelos tripulantes do submarino Titan, que implodiu durante uma expedição ao fundo do mar para visitar os destroços do Titanic no ano passado, conforme divulgado nesta segunda-feira (16) pela Guarda Costeira dos EUA.
Responsável pela investigação principal, ainda em andamento, a Guarda Costeira iniciou uma semana de audiências públicas para revelar detalhes do caso. Durante a sessão, foi revelado que o Titan nunca passou por inspeção de técnicos externos à OceanGate, empresa responsável pelo submarino.
NOVAS REVELAÇÕES
A Guarda Costeira também informou que, antes da expedição que culminou em sua implosão, o submarino Titan ficou "exposto a condições climáticas e outros elementos" por meses durante o armazenamento, o que pode ter comprometido seu casco. A última mensagem, enviada pelo comandante do Titan via um sistema de comunicação entre o submarino e o centro de comando no navio, foi seguida pela perda total de contato.
Dias depois, os destroços do Titan foram encontrados a 3.600 metros de profundidade, confirmando sua implosão. A bordo estavam cinco pessoas, incluindo o presidente da OceanGate, bilionários e um pesquisador.
GUARDA COSTEIRA ENVIARÁ RELATÓRIO
Ainda há dúvidas se os tripulantes do Titan perceberam que algo estava errado antes da tragédia. Durante as buscas, sondas captaram ruídos repetidos, que as equipes suspeitaram ser possíveis batidas de dentro do submarino em pedido de socorro.
No entanto, essa hipótese nunca foi confirmada, e os investigadores afirmam que é mais provável que as falhas não tenham sido detectadas antes da implosão. Ao final da semana de audiências, a Guarda Costeira enviará um relatório com as conclusões da investigação e uma série de recomendações ao governo dos EUA.