A Secretaria Municipal de Saúde de Contagem abriu uma sindicância nesta quinta-feira para apurar a causa da morte de uma criança recém-nascida no último dia 2 de março no Hospital Municipal da cidade da região metropolitana de Belo Horizonte. A suspeita é de que a enfermeira que cuidava do bebê de 30 dias tenha injetado leite na veia do menino, e não soro.
De acordo com a secretaria, o bebê deu entrada no hospital no dia 28 de fevereiro com quadro de insuficiencia respiratória. Durante a internação, a criança teve uma parada cardiorespiratória e foi transferida para o Centro de Terapia Intensiva (CTI) com estado grave de insuficiencia cardíaca.
A família da criança denunciou uma possível falha no atendimento. Segundo a Secretaria de Saúde, todos os familiares que compareceram ao local e os funcionários que cuidaram da vítima durante a internação, inclusive a enfermeira, serão ouvidos. A secretaria informou também que espera o resultado do laudo do Instituto Médico Legal (IML) para concluir as investigações. O resultado deve ser divulgado em 30 dias. A funcionária do hospital foi afastada de suas funções até que tudo seja apurado.
Bebê morre ao ter leite injetado na veia em SP
Em 7 de novembro do ano passado, um bebê de 13 dias morreu no Hospital Municipal Professor Mario Degni, zona oeste de São Paulo, após ter recebido leite na veia. A criança nasceu prematura e estava internada, recebendo soro e medicamentos. A mãe informou que, por falta de acomodação na UTI, ela amamentava o bebê durante o dia e deixava um frasco com leite para que a equipe do hospital alimentasse a criança à noite. O bebê ingeria o leite por meio de uma sonda nasal, enquanto os remédios eram injetados na veia. Um integrante do hospital, entretanto, injetou leite na veia do bebê, que passou a ter falta de ar e, mesmo ligado ao tubo de oxigênio, teve o estado de saúde agravado e acabou morrendo.