Empresários são suspeitos de vender água de piscina para escolas

Captação era feita em piscina e em poços artesianos no Rio

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A Polícia Civil do Rio quer a prisão de quatro empresários suspeitos de crimes de estelionato e venda de água imprópria para consumo humano. De acordo com investigação, os suspeitos fraudavam a concorrência para o fornecimento de água em escolas de Duque de Caxias, município da Baixada Fluminense, e também entregavam aos colégios água que era captada em uma piscina e em poços artesianos.  

No sábado (8), agentes da delegacia realizaram a segunda etapa da operação batizada de Hidra. Nenhum dos suspeitos foi preso, mas os mandados de prisão já foram expedidos pela Justiça. Os empresários considerados foragidos são Hélio Marcelo dos Santos Ramos, Reinaldo Souza Rocha e Raul de Souza Rocha.

O delegado Marcos Gomes Santana, responsável pela investigação, informou que na primeira etapa da operação Hidra foram cumpridos mandados de busca e apreensão nas residências e nas sedes das empresas dos suspeitos.

Durante as diligências, os agentes apreenderam notas fiscais de entrega de águas nas escolas, além de proposta já envelopada para um colégio constando as três empresas que iriam participar da concorrência.

Fora isso, os policiais também encontraram carimbos de todas as empresas no mesmo local, e outros documentos que comprovavam que as companhias de cada um dos suspeitos e mais uma quarta empresa, do filho de um deles, fraudavam a concorrência para fornecimento de água potável para as escolas estaduais da região.

O esquema funcionava da seguinte forma: os representantes apresentavam ao mesmo tempo três propostas para as escolas e combinavam os valores. O vencedor era definido de forma prévia. Além das fraudes, a polícia também descobriu que água imprópria para o consumo humano era fornecida pelas empresas a 13 escolas de Duque de Caxias.

Os investigadores encontraram os locais onde era captada a água. Um ficava numa piscina na Estrada Soledade, no bairro Taquara, e outro local ficava na Rua Tupã, em Cantão, Xerém, de onde era captada a água de poços artesianos.

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