SEÇÕES

Empresários investigados no caso Banco Master são soltos em São Paulo

Executivos detidos na Operação Compliance Zero deixam a prisão; dono do Banco Master permanece sob custódia da Polícia Federal

Fachada do Banco Master | Foto: Maria Isabel Oliveira / Agência O Globo
Siga-nos no

Os empresários André Felipe de Oliveira Seixas Maia e Henrique Souza Silva Peretto, investigados por suposta participação em fraudes financeiras no Banco Master, foram soltos pela Polícia Federal na madrugada desta sexta-feira (21), em São Paulo. Eles estavam presos temporariamente no âmbito da Operação Compliance Zero.

Tanto André Felipe quanto Henrique Souza são proprietários de empresas que, segundo as investigações, teriam atuado nas operações suspeitas atribuídas ao Banco Master.

O controlador do banco, Daniel Vorcaro, teve o pedido de habeas corpus negado e continua detido na carceragem da Superintendência da Polícia Federal, no bairro da Lapa, na capital paulista.

Em nota, a defesa de Maia afirmou que ele irá colaborar com as investigações e negou qualquer irregularidade. “Ele encontra-se em liberdade, mantendo-se íntegra a presunção de inocência que orienta todo procedimento investigativo, e refletindo a ausência de elementos que justificassem qualquer medida restritiva”, declararam os advogados.

EMPRESAS SUSPEITAS 

Maia e Peretto são apontados como ligados a duas empresas suspeitas de envolvimento no esquema. Até o ano passado, André era diretor e Peretto é acionista da Cartos Sociedade de Crédito Direto, que teria criado a empresa Tirreno Consultoria Promotoria de Crédito. Segundo o processo, ambos integravam a direção da Tirreno.

Criada em novembro do ano passado, a Tirreno é considerada pela investigação uma empresa de fachada. Ela teria vendido ao Banco Master R$ 12,2 bilhões em créditos de dívidas consideradas “inexistentes”, posteriormente revendidos ao BRB. A empresa era dirigida por Maia, ex-funcionário do Master.

ENTENDA O CASO MASTER

As investigações da Polícia Federal, iniciadas em 2024, apuram a emissão de títulos de crédito falsos por instituições financeiras. O Banco Master é apontado como o principal alvo da operação. Segundo os investigadores, o esquema pode ter movimentado cerca de R$ 12 bilhões em falsas operações de crédito, simulações de empréstimos e negociações de carteiras com outros bancos.

O Banco Regional de Brasília (BRB) também é investigado. O presidente da instituição, Paulo Henrique Costa, e o diretor de Finanças e Controladoria, Dario Oswaldo Garcia Júnior, foram afastados dos cargos.

Tópicos
Carregue mais
Veja Também