Um empresário foi preso na noite de quinta-feira em um restaurante no Jardim América, em Goiânia, acusado de injúria qualificada. Adilon dos Reis Prudente teria chamado um garçom do estabelecimento, Gilberto Almeida de Carvalho, que é negro, de "preto fedorento".
O caso ocorreu no Buteko do Chaguinha 1, na avenida C-155, por volta das 22h. Segundo relatos, os clientes teriam se exaltado, e a polícia chegou ao local às 22h40. O empresário, a vítima e as testemunhas foram ouvidos, e Prudente foi levado para o 20º DP de Goiânia para registrar o flagrante.
Em depoimento à polícia, o suspeito negou ter xingado Carvalho e disse não ter nada a declarar. Prudente será acusado de injúria qualificada. Esta acusação é diferente da de racismo. Ela ocorre quando o suspeito quer ofender a honra subjetiva da vítima, e não uma raça ou etnia como um todo. Ambas podem render penas de 1 a 3 anos, mas o crime de racismo é imprescritível e inafiançável, ao contrário da injúria qualificada. O caso foi encaminhado ao 7º DP da capital, e será analisado pela Justiça.