Na tarde desta terça-feira (11), a Polícia Civil realizou a reconstituição da morte da menor Ana Clara Macena dos Santos, de 14 anos, em Catanduva, São Paulo. O adolescente de 16 anos apontado como suspeito do crime mudou sua versão. A jovem foi achada morta após sair de casa para ir a uma festa com os amigos na noite do último sábado (18).
De acordo com o delegado responsável pelo caso, Hélvio Bolzani, o menor afirmou durante a reconstituição que agiu sozinho. Diferente do que disse na terça-feira quando apontou um outro adolescente de 17 anos como seu comparsa no crime. Mesmo assim, segundo Hélvio, ainda existem muitas contradições no depoimento.
Apesar da mudança na versão, Bolzani diz que o menor de 17 anos já foi apresentado ao Ministério Público e também teve internação provisória decretada por 45 dias. Com isso, os dois adolescentes estão na cadeia de Catanduva, aguardando vaga na Fundação Casa.
Eles não tinham passagens pela polícia e o delegado não descarta a participação de outros envolvidos. "A investigação continua, mas pelo o que se tem até o momento acredito que o crime tenha sido praticado pelos dois", diz.
Com a ajuda de uma escrivã, que se passou pela vítima, o menor deu detalhes de como a violentou e depois a matou com uma paulada. Ele também disse à polícia que usou uma pedra para ferir a cabeça da adolescente.
De acordo com o laudo do Instituto Médico Legal (IML), além de ter sido estuprada, a adolescente teve uma lesão na vértebra da coluna e estava com vários ferimentos pelo corpo. O adolescente de 16 anos se entregou à Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Catanduva, na manhã desta terça-feira, acompanhado de uma advogada e, em depoimento, apontou outro adolescente, de 17 anos, como autor do estupro. Versão que ele mudou durante a reconstituição.
A mãe de Ana Clara Macena dos Santos, Maria Aparecida Caetano, pede justiça. "Judiaram da minha menina da pior forma. Não sei se vai ter Justiça, eu espero, mas não confio muito, não. Só a Justiça de Deus."