O corpo do policial militar Pablo Victor dos Santos Lira Alves, de 32 anos, foi enterrado na tarde de segunda-feira, na Zona Oeste do Rio. Na cerimônia de despedida, cerca de 500 amigos estavam presentes, relembraram as músicas preferidas do PM e, também, suas paixões — como o futebol e o encontro com amigos para tomar uma cerveja. O pastor da PM disse que “nunca viu uma despedida tão bonita e apaixonada”.
Durante o cortejo, a mulher do PM, Vivian, esteve o tempo todo abraçada a um cavaquinho que Pablo tocava e segurando uma lata de cerveja. Na hora do enterro, ela abriu a lata, deu um gole e derramou um pouco no caixão.
Os amigos músicos do policial também passaram o cortejo cantando músicas de samba e pagode, as preferidas de Pablo. O caixão foi coberto com uma bandeira do Vasco da Gama, time de Pablo, e o PM foi enterrado com uma bola de futebol.
O soldado foi baleado na cabeça, na última quinta-feira, quando fazia um patrulhamento de rotina na localidade do Olaria, junto com outros agentes da UPP Mangueira, e morreu no dia seguinte. A demora no sepultamento se deve ao fato da família ter autorizado a doação dos órgãos.
O grupo foi recebido a tiros por homens armados e reagiu. O policial ainda foi socorrido no Hospital Quinta D’Or, em São Cristóvão, passou por uma cirurgia, mas não resistiu. Conhecido como Lira, o PM estava na corporação há três anos e deixa mulher e uma enteada.