O marido da delegada Tatiene Damaris, Alessandro Oliveira Furtado, de 39 anos, afirmou ter assassinado a mulher por asfixia após ela negar o pedido de divórcio nesta quinta-feira (23). O estudante de direito também disse, em depoimento à Polícia Civil, que a delegada teria apontado uma arma para ele. O enterro da vítima foi realizado na tarde desta sexta-feira (24) no cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, na zona oeste do Rio.
O delegado da DH (Delegacia de Homicídios) da Capital, Rivaldo Barbosa, afirma que a polícia não acredita nessa versão.
— O Alessandro não demonstrava tristeza pela morte de um ente querido. Inicialmente ele tentou dizer que ela podia ter sido vítima de uma ação de um grupo organizado. Depois, disse que podia ter sido vitima de latrocínio. Essa mudança de posicionamento chamou a atenção dos policiais.
Após a confissão, a polícia voltou à casa de Tatiene e Alessandro para realizar a reconstituição do crime. A delegada da Delegacia de Santa Cruz (36ª DP) foi assassinada na cozinha da casa, e não havia sinais de arrombamento. No corpo, havia marcas de hematomas mas não de tiros ou facas.
Segundo as investigações, Alessandro não trabalhava e Tatiene era responsável por todas as despesas da casa. Em depoimento, ele afirmou que o casal estava brigando há muito tempo, e por isso entrou com pedido de divórcio. Alessandro Furtado foi preso em flagrante por homicídio qualificado e pode cumprir pena de até 30 anos de prisão.
Tatiene Damaris tinha 39 anos e trabalhava na Polícia Civil desde 2005. Ela deixou dois filhos, um de 19 e um de três anos de idade. Há cerca de 20 dias, a delegada havia feito um seguro de vida que beneficiava os filhos.