A segunda testemunha a ser ouvida em mais uma audiência de instrução do caso Yoki foi a prima de Marcos Matsunaga, Cecília Yone Nishioka. Ela pediu para depor na ausência de Elize Matsunaga, acusada de matar e esquartejar o marido.
Elize pode acompanhar o depoimento de todas as testemunhas, mas a pedido da prima da vítima, teve de ser retirada da sala.
A audiência começou por volta das 10h57 desta segunda-feira (12), no Fórum Criminal da Barra Funda, na zona oeste de São Paulo. O objetivo é definir se a acusada vai ou não a juri popular.
A primeira testemunha a depor foi o delegado de polícia Valter Sérgio de Abreu. Ainda serão ouvidos Mauriceia José Gonçalves dos Santos e os peritos criminais Jorge Pereira de Oliveira e Ricardo Salada.
A próxima fase após os depoimentos das testemunhas é o interrogatório da acusada. Não há data marcada e poderá acontecer nesta segunda-feira. O promotor de Justiça, José Carlos Consenzo, espera que a fase de instrução termine ainda nesta segunda-feira.
No começo de outubro, outras cinco testemunha já foram ouvidas: Mauro Kitano Matsunaga ? irmão da vítima (defesa); William Coelho de Oliveira (acusação); Horácio Ruben D"Abramo (acusação); Amonir Hercília dos Santos Silva ? babá (acusação); e Mauro Gomes Dias ? delegado (acusação).
O caso
O empresário, herdeiro da Yoki Alimentos, foi encontrado morto e esquartejado na Estrada dos Pires, numa região rural, em Cotia, na Grande São Paulo, no dia 27 de maio. O corpo foi encontrado, cerca de uma semana após o desaparecimento, cortado em pedaços e colocado em sacolas plásticas.
A mulher do empresário, Elize Matsunaga, 30, confessou o crime e o esquartejamento no dia 6 de junho. A Polícia Civil afirmou que o assassinato pode ter tido motivação passional. De acordo com as investigações, Elize suspeitava que o marido estivesse tendo um caso e contratou um detetive particular para segui-lo. O profissional confirmou a traição.
De acordo com a versão da mulher, Matsunaga foi morto com um tiro após uma discussão entre o casal, onde ela teria sido agredida. Depois, ela esquartejou sozinha o corpo e guardou os pedaços em sacolas plásticas. A câmera de segurança do elevador do prédio onde ela vivia com o marido mostrou Elize saindo de casa com três malas. Ela confirmou à polícia que o corpo do marido estava nas malas.