Depois de passar horas como refém em uma tentativa de assalto a uma farmácia, em Garanhuns (PE), na noite de segunda-feira (14), Edvânia Galindo da Silva ainda tenta se recuperar do susto. Ela está na casa da mãe e sob o efeito de calmantes.
?Com a faca em mim, ele tremia e dizia baixinho ?eu vou te matar, vou te levar junto comigo"?, conta Edvânia.
O assaltante que fez Edvânia refém foi morto por policiais que negociavam sua liberação. A vítima era ameaçada com uma faca. A negociação durou mais de três horas, segundo a Polícia Militar (PM).
?Ele pegou no meu cabelo e falou "se ajoelha que sua hora chegou". Quando ocorreu o tiro, pensei que aquele sangue fosse meu?, diz. "Pensava sempre nos meus filhos."
A polícia contou com a presença de dois juízes e um promotor durante as negociações, e chegou a oferecer ao assaltante um carro para que ele fosse embora sem ser perseguido, segundo a PM.
"Infelizmente, no entanto, ele estava irredutível, queria que esvazíassemos a rua. Só tomamos essa medida depois de perceber que perderíamos a vítima caso não interferíssemos", diz ao G1 o major Abel Ferreira Junior, comandante do Batalhão da Polícia Militar de Garanhuns.
Ainda de acordo com a PM, a farmácia havia sido invadida por dois homens, mas um deles fugiu antes da chegada da polícia ao local. Policiais civis, militares e homens do Corpo de Bombeiros acompanharam as negociações.
"Quando ele colocou a vítima de joelhos, e começou a ameaçá-la com uma faca, decidimos atirar", afirma Ferreira Junior.