Agentes da Coordenadoria de Inteligência (Coin) da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) prenderam, ontem, os primos Thiago de Oliveira Marques, 25; e Cristian de Oliveira Lopes, 22. Ambos confessaram participação no assalto à agência do Bradesco localizada na Avenida 13 de Maio, no Bairro de Fátima, ocorrido na tarde de anteontem.
Os dois foram levados à Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) e autuados em flagrante por roubo qualificado (pelo uso de armas de fogo e concurso de pessoas). A outra dupla que participou a atividade criminosa permanece foragida.
Dinheiro
Os acusado disseram ao delegado Romério Almeida, titular da DRF, que pretendiam assaltar os clientes quando estes estivessem saindo do estabelecimento bancário, no entanto perceberam que a agência não dispõe de porta com detector de metais. Por conta disso, resolveram atacar dentro do bando e roubar o dinheiro existente na bateria de caixas. O assalto rendeu ao grupo a importância de R$ 8 mil. Em poder dos primos, foi encontrada a importância de R$ 1,7 mil.
Segundo Romério Almeida, o lucro do assalto foi dividido por igual, entretanto os dois comparsas ainda foragidos permanecem com as armas.
O titular da DRF acrescentou que Thiago e Cristian de Oliveira são vigilantes habilitados. O primo mais velho é funcionário de uma empresa de segurança.
Contradições
O dono de uma motocicleta usada na fuga dos criminosos apreendida será chamado para prestar novo depoimento. Ainda na tarde de anteontem, ele contou à Polícia que o veículo havia sido roubado por volta de meio-dia, porém os bandidos foram vistos pilotando a moto no começo da manhã. "A história que ele contou está cheia de contradições e nós precisamos esclarecer isso o quanto antes", afirmou Romério Almeida.
Igual
O assalto praticado contra a agência do Brades do Bairro de Fátima foi semelhante ao registrado contra uma agência do mesmo banco, no dia 8 de setembro deste ano, no bairro Vila Velha (zona oeste).
O estabelecimento atacado em setembro também não conta com porta giratória com detector de metais. Por conta disso, os assaltantes não encontram nenhuma dificuldade de invadir o prédio, dominar os vigilantes e render os demais funcionários e clientes. Neste ano, nada menos que 78 pessoas envolvidas em ataques a bancos no Ceará foram capturadas.