Dono de restaurante que matou turista por R$ 7 ocultou várias provas do crime, diz testemunha

A testemunha, que não quis se identificar, estava dentro da churrascaria na noite em que o turista foi morto.

Estudante morto dentro de restaurante em Guarujá, SP | Reprodução
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Uma pessoa que estava no restaurante em Guarujá, no litoral de São Paulo, onde o turista Mário Sampaio, de Campinas, foi morto a facadas pelo dono do estabelecimento no dia 31 de dezembro de 2012, falou pela primeira vez sobre o que viu no dia do crime. Mário foi morto após uma briga que começou por causa de uma diferença de R$ 7 na conta da churrascaria.

A testemunha, que não quis se identificar, estava dentro da churrascaria na noite em que o turista foi morto. Ela diz que o dono do restaurante ocultou algumas provas. ?Ele falou para algumas pessoas pegarem o monitor e as filmagens e sumirem com as imagens. Em seguida, ele pediu para um funcionário fechar a churrascaria, pegar uma televisão e levar embora", conta a testemunha. José Adão de Passos foi preso na semana passada justamente por causa da suspeita de ocultar as provas.

Amigos e parentes do rapaz realizaram uma passeata neste domingo (13) em Guarujá. Eles pediam Justiça e paz. ?Agora a gente está nessa briga por paz e Justiça para que outras pessoas não sofram o que eu estou sentindo e o que eu senti?, disse Patricia Bonani, namorada da vítima.

O ponto de encontro foi em frente ao restaurante onde o turista foi morto a facadas pelo dono do estabelecimento por uma diferença na conta e seguiu por várias ruas do bairro da Enseada. A caminhada foi até o Fórum de Guarujá, onde foi realizada uma missa. ?Pedi a Deus que conforte a gente e dê esperança para a gente esperar até o dia que a gente se encontrar de novo?, disse o pai da vítima, Renato Sampaio.

Mário Sampaio estava em uma churrascaria acompanhado de três amigos e da namorada quando a confusão começou. Segundo a polícia, o jovem se recusou a pagar o valor de R$ 19,99, alegando que o valor divulgado era de R$ 12,99. Após uma grande discussão, envolvendo o dono da churrascaria, José Adão Pereira de Passos, e o filho dele, Diego Souza Passos, Sampaio foi esfaqueado e acabou morrendo no local. Testemunhas disseram para a polícia que em momento algum o estudante agrediu os funcionários do restaurante.

Por outro lado, José Adão, responsável pelas facadas que mataram Mário, alega que atacou o turista para defender o filho, que estaria sendo espancado. Durante o depoimento, José Adão, que está preso, disse que a confusão começou quando um dos clientes deu vários chutes nele após o bate-boca por causa da conta.

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