Dono de oficina e mecânico são indiciados por mortes de jovens em BMW

O proprietário do estabelecimento e o responsável pela instalação foram indiciados por quatro homicídios culposos

Dono de oficina e mecânico são indiciados por mortes em BMW | Reprodução
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A Polícia Civil de Santa Catarina concluiu, nesta quarta-feira (31), a investigação sobre a morte de um grupo de jovens em uma BMW, em Balneário Camboriú, em 1º de janeiro. Segundo as autoridades, a causa das mortes está relacionada à ruptura de uma peça instalada em uma oficina de Aparecida de Goiânia (GO). O proprietário do estabelecimento e o responsável pela instalação foram indiciados por quatro homicídios culposos.

BMW que os jovens foram encontrados (Foto: Reprodução)A BMW, onde os quatro jovens morreram asfixiados por monóxido de carbono, passou por pelo menos quatro customizações que resultaram na ruptura de uma peça ligada à tubulação de gás. As alterações tinham como objetivo proporcionar maior potência e ruído ao veículo de luxo.

Análise feita pela polícia de SC compara carro dos jovens (à esquerda) com uma BMW original de fábrica (Foto: Reprodução)

Um dos equipamentos adicionados ao motor do carro era, segundo o delegado Vicente Soares, "de certa forma caseiro". A investigação apontou que as modificações foram realizadas por um indivíduo de 48 anos, sem formação técnica, sob a supervisão e controle do proprietário do estabelecimento, de 35 anos.

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O perito Luís Gabriel explicou que o catalisador foi substituído por uma tubulação downpipe, peça que conduz os gases do coletor de escape até o catalisador. A solda irregular do equipamento resultou na ruptura da peça, permitindo que o monóxido de carbono se dispersasse pelo sistema de ar-condicionado, causando a morte dos quatro jovens.

Relembrando o caso, os jovens, Nicolas Kovaleski (16 anos), Karla Aparecida dos Santos (19 anos), Tiago de Lima Ribeiro (21 anos), e Gustavo Pereira Silveira Elias (24 anos), foram encontrados mortos dentro da BMW em Balneário Camboriú, no Litoral Norte de Santa Catarina, em 1º de janeiro. A investigação indicou que a família, que recentemente se mudou de Paracatu (MG) para a região da Grande Florianópolis, estava na cidade costeira para celebrar o ano novo.

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