Aswad Ayinde, que dirigiu o clipe da versão de "Killing Me Softly" feita pelo grupo Fugees nos anos 90, foi acusado por um júri do estado americano de Nova Jersey de estuprar e engravidar suas filhas para conseguir uma família "pura", informou hoje a imprensa americana.
O diretor de 51 anos supostamente estuprou repetidamente cinco de suas filhas entre meados dos anos 80 e o ano de 2002, tendo seis filhos com elas.
O acusado, que teve nove filhos com sua ex-mulher Beverly e pelo menos outros três com outras duas mulheres, teria cometido os estupros supostamente porque "o mundo iria acabar e apenas ele e seus descendentes seriam os escolhidos para salvar a raça humana", disse sua ex-esposa em audiências judiciais anteriores.
"(Ayinde) mantinha relações sexuais de maneira habitual com todas as meninas. Eu tinha medo de defendê-las e inclusive de dizer a ele que era um demente, um pedófilo. Sabia as palavras, mas não ousava dizê-las porque sabia que me agrediria", disse Beverly.
O artista, conhecido também pelo nome de Charles McGill, teria obrigado suas filhas a dar à luz em sua própria casa para evitar que os recém-nascidos fizesem parte de algum registro e inclusive negou que fossem à escola ou recebessem tratamento médico adequado.
Alguns veículos de imprensa locais asseguraram que duas das seis crianças morreram por não receber atendimento médico e que Ayinde agredia suas filhas para que não denunciassem o que ocorria.
Lisa Squitieri, promotora responsável pela acusação, explicou que Ayinde enfrentará cinco julgamentos, um por cada filha que supostamente estuprou.
Ayinde está preso na prisão do condado de Passaic (Nova Jersey) e precisaria pagar uma fiança de US$ 1 milhão para ser libertado. Ele deve começar a ser julgado no mês que vem.
Aparentemente, o acusado evitou que as autoridades descobrissem seus crimes e a presença dos menores mudando de endereço frequentemente.
Ayinde, que foi detido em 2006, mas cuja identidade não tinha sido divulgada até agora, enfrenta acusações por 27 crimes relacionados aos abusos contra suas filhas. EFE