A delegada Caroline Bamberg Machado, responsável pela investigação do desaparecimento de Cíntia Luana Ribeiro Moraes, ocorrido em julho de 2011, em Três Passos (RS), afirmou nesta quarta-feira ao Terra que novas pistas apontam que a jovem estaria vivendo na cidade de Colônia Aurora, na Argentina. O município faz fronteira com Novo Machado, no noroeste do Rio Grande do Sul.
Testemunhas afirmaram que viram Cíntia, que teria descolorido os cabelos e estaria loira, na cidade. A pista, repassada pela Brigada Militar à Polícia Civil a partir de uma denúncia anônima, mudou os rumos da investigação. "Nós estamos investigando, há uma grande possibilidade de ser verdadeira essa informação", afirmou a delegada. De acordo com ela, a família nega qualquer tipo de desentendimento que justificasse a fuga da menina.
Cíntia tinha 15 anos e estava grávida de sete meses quando desapareceu. "A princípio, ela teria aparecido lá grávida e, depois de um tempo, não estaria mais grávida. Ela não estaria, a princípio, com o nenê", afirmou a delegada, questionada sobre informações da criança. Na época do desaparecimento, o ex-companheiro de Cintía, um homem de 27 anos cuja identidade não foi revelada, confirmou à polícia que se encontrou com a jovem antes de ela sumir.
Ele, que é casado, disse ter dado uma quantia não especificada para que ela tivesse o bebê em outro lugar. Na versão do homem, Cíntia aceitou a proposta e ainda teria dado o chip de seu celular como garantia que não entraria em contato com ele. Ainda no ano passado, a delegada relatou ao Terra que uma mensagem foi enviada do celular da jovem para o de sua mãe, avisando sobre uma suposta viagem que o casal faria. Em depoimento, o pai da criança disse ter sido ele quem enviou o texto, para que a família ficasse tranquila.
Mesmo com os relatos, a delegada afirmou que ele só foi investigado por ter sido o último a contatar com a menina.