O deputado estadual Marcelo Freixo (P-SOL) afirmou nesta ter?a-feira que a morte de Andreu Luis da Silva Carvalho, 17 anos, no Centro de Triagem e Reabilita??o (CTR) do Departamento Geral de A?es Socioeducativas (Degase), na zona norte da cidade, foi provocada por agentes estaduais. Nesta ter?a-feira, ele ouviu os depoimentos de outros internos.
O adolescente morreu no dia 1? de janeiro e segundo Freixo, vice-presidente da Comiss?o de Defesa dos Direitos Humanos da Assembl?ia Legislativa do Rio de Janeiro, "os relatos dos que estavam no CTR no momento da viol?ncia s?o contundentes".
"S?o relatos detalhados de que os agentes teriam espancado o rapaz at? a morte. E s?o de jovens que estavam em locais diferentes, o que torna dif?cil terem combinado isso", disse o deputado.
Na 37? Delegacia de Pol?cia Civil, na Ilha do Governador, que investiga o caso, a vers?o dos agentes ? de que o jovem sofreu uma queda do telhado do CTR. E foi confirmada, em depoimento aos policiais, por um jovem que dividia a cela com Andreu.
O titular da delegacia, Manuel Paredes, disse n?o ter recebido ainda c?pia dos depoimentos prestados ? corregedoria do Degase pelos jovens. E que a investiga??o aguarda os laudos t?cnicos sobre a morte do adolescente.
Por meio de sua assessoria de comunica??o, o Degase informou que o relat?rio da sindic?ncia conclu?do na segunda-feira foi enviado a institui?es como a Ordem dos Advogados do Brasil e a Assembl?ia Legislativa e preferiu n?o comentar o caso.
O deputado Marcelo Freixo, que tamb?m recebeu o documento, disse que, antes de divulgar o conte?do, o enviar? ao Minist?rio P?blico e ao delegado Manuel Paredes. Segundo Freixo, registros de agress?es no interior das unidades do Degase n?o s?o incomuns.
"Cenas de viol?ncia, narrativas de espancamento, inclusive recentes, existem. Mas n?o casos de morte, nenhum t?o grave como este. Por isso, evidentemente, estamos dando uma aten??o especial, porque n?o envolve s? a tortura, mas tamb?m homic?dio", disse Freixo.