Denúncia: há recompensa por 5 acusados de matar modelo

Junto com o nome de cada acusado, está a quantia oferecida como recompensa por pistas

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O Disque-Denúncia divulgou na noite desta quinta-feira o cartaz com as fotos dos cinco suspeitos de terem assassinado a modelo Luana Rodrigues de Sousa, 20 anos, e sua amiga Vanessa de Oliveira, 25 anos, na favela da Rocinha, no Rio de Janeiro. Entre os acusados, está Antonio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, que comanda a venda de drogas na comunidade da zona sul.

No cartaz divulgado pelo Disque-Denúncia, junto com o nome de cada acusado, está a quantia oferecida como recompensa por pistas que levem ao paradeiro dos criminosos. Além de Nem, outros quatro traficantes - Anderson Rosa Mendonça, o Coelho, Tiago de Sousa Cheru, o Dorey, Rodrigo Belo Ferreira, o Rodrigão, e Ronaldo Patrício da Silva, o Ronaldinho - foram identificados como suspeitos do desaparecimento das vítimas. Todos tiveram a prisão decretada pela 3ª Vara Criminal da Capital.

Quem tiver informações poderá entrar em contato com polícia pelo telefone (21) 2253-1177. O anonimato é garantido.

O delegado da Divisão de Homicídios do Rio de Janeiro, Felipe Ettore, afirmou que o sumiço de uma carga de haxixe no valor de R$ 30 mil motivou o desaparecimento de Luana. Ela e Andressa Rodrigues saíram de casa no dia 9 de maio em direção à Rocinha e nunca mais voltaram.

De acordo com Ettore, a droga pertencia a um traficante do morro de São Carlos, no Estácio, centro da capital. Antes de ser pacificada, a favela era dominada pela mesma facção que controla o tráfico de drogas na Rocinha. Segundo o delegado, Luana seria responsável pelo transporte das drogas da favela para outras comunidades.

O chefe da DH também afirmou que ambas foram julgadas e condenadas a morte pelo chamado "tribunal do tráfico", chefiado por Nem. Ettore disse que cinco mandados de prisão foram expedidos por homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e impossibilidade de defesa da vítima, além de ocultação de cadáver.

Ossada

Policiais civis da Divisão de Homicídios (DH) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) encontraram na quarta-feira três ossos humanos em diferentes pontos da mata na favela da Rocinha. Os agentes também acharam um local com características de um "micro-ondas" (apelido dado por traficantes a locais de execução, no qual corpos são carbonizados com pneus queimados) onde a modelo pode ter sido morta.

Aproximadamente 130 homens realizavam uma operação na comunidade, especialmente na Divineia, a procura do corpo. A polícia não trabalha mais com a possibilidade de Luana ser localizada com vida.

A jovem tinha um filho de 2 anos com um morador da favela, morava na Estrada das Canoas e fazia parte da agência de modelos Dream model"s.

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