Policial é intimado para confirmar se Amarildo foi morto por traficantes

Policial afirmou que motorista de caminhão de lixo foi obrigado a levar um corpo para o depósito de lixo

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O delegado Rivaldo Barbosa, titular da Divisão de Homicídios do Rio de Janeiro e responsável pelas investigações sobre o desaparecimento do pedreiro Amarildo de Souza, decidiu neste sábado intimar a prestar depoimento o policial militar Juliano da Silva Guimarães, que faz parte da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha.

O policial contou que um tio dele, que trabalha como motorista de um caminhão de lixo na comunidade, foi obrigado por traficantes a levar um corpo para o depósito de lixo localizado no bairro do Caju, na região portuária. A informação sobre a convocação do militar foi confirmada pela assessoria da Polícia Civil e o policial deve prestar depoimento na próxima semana.

Amarildo está desaparecido desde o dia 14 de julho, quando foi levado por PMs à sede da UPP da Rocinha e depois não foi mais visto. O comandante da UPP, major Edson dos Santos, disse que o pedreiro deixou a unidade caminhando, após prestar esclarecimentos.

Duas câmeras de monitoramento da base da UPP, que poderiam confirmar a versão do oficial, não estavam funcionando naquela noite. Os equipamentos de GPS (Sistema de Posicionamento Global, por satélites) das viaturas da UPP também estavam desligados, impedindo de se conhecer o trajeto dos carros.

Parentes do pedreiro e moradores da comunidade têm feito manifestações frequentes pedindo informações sobre o paradeiro dele. O governador do Rio, Sérgio Cabral, disse em entrevista que também quer saber onde está o pedreiro.

O secretário estadual de Segurança, José Mariano Beltrame, disse na sexta-feira que, se for comprovado envolvimento de policiais no desaparecimento de Amarildo, eles serão expulsos da PM e levados à Justiça.

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