Um homem identificado como Edimares Marques Figueiredo, de 40 anos, foi morto com um disparo de arma de fogo efetuado por um policial militar na cidade de Avelino Lopes, extremo-sul do Piauí. De acordo com informações, o homem, que possui deficiência intelectual, estaria em crise e agindo agressivamente, então por conta disso, a polícia foi acionada. Segundo os policiais, quando chegaram no local, foram atacadas com um facão por Edimares.
O relatório policial informa que foram efetuados três disparos com bala de borracha contra ele, sem nenhum efeito para acalmá-lo. “Um dos soldados chegou a ter luta corporal com o cidadão, levando um golpe de facão na cabeça, que não chegou a perfurar, mas que o deixou tonto”, informa o relatório.
Após dois disparos de arma de fogo contra as pernas do indivíduo, um dos soldados acabou por acertar a cabeça de Edimares com um tiro, que teve óbito imediato. Chocada, a família lamenta profundamente o desfecho da situação.
“Estamos perplexos com a ação da PM, estamos revoltados com essa tragédia”, lamenta um dos familiares. O Comandante do 4º GPM/7º Batalhão de Polícia Militar de Avelino Lopes, Capitão Pedro Gomes Santos, enviou ao Portal Corrente uma nota de esclarecimento, informando que foram tomadas todas as providências necessárias em relação ao caso, tendo sido acionada a perícia no local para que fizesse as primeiras investigações e consequente suporte ao inquérito policial.
As partes envolvidas também já teriam sido ouvidas pelas autoridades policiais militares e civis e as investigações estão sendo conduzidas pela Polícia Civil e pela Corregedoria da Polícia Militar do Estado do Piauí. A nota também informa que o policial militar envolvido, por medida de segurança e por determinação do comando da PMPI, estará afastado de suas funções até que se conclua o inquérito policial militar.
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) publicou uma Nota de Repúdio condenando a ação dos policiais militares, que considera desproporcional. “A Polícia Militar, como representante do Estado, não pode tolerar que uma minoria tente agir em desconformidade ao seu regimento e código de disciplina. (...) É hora de uma firme resposta a todos, pois a sociedade clama pelo retorno da tranquilidade e punição exemplar administrativa civil e criminalmente de todos os envolvidos”, diz a nota. A delegada responsável pela Delegacia de Polícia Civil de Curimatá, Ravena de Sousa Rodrigues, declarou que o caso está sendo investigado.