Defesa: Se o Cachoeira está solto, Bruno pode estar também

A expectativa é de que o caso seja julgado em até 10 dias.

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Um dos defensores do goleiro Bruno Fernandes, Francisco Simim aposta que vai conseguir a liberdade do jogador através de um habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF). A expectativa é de que o caso seja julgado em até 10 dias. "Se o Cachoeira (bicheiro Carlinhos Cachoeira) está solto, o Bruno pode estar também", disse Simim, nesta sexta-feira.

O promotor Henry Wagner Vasconcelos criticou Lúcio Adolfo da Silva, um dos advogados de defesa de Bruno, que criou polêmica no julgamento ao entrar no plenário gritando e mostrando um jornal sobre o caso.

"Nós observamos um advogado cheio de empáfia, vazio como um saco de pão jogados ao vento, questionando algum acordo com o MP", disse Henry, que negou veementemente a acusação.

Pena de Macarrão e Fernanda deve sair nesta sexta

O quinto dia de julgamento do caso Eliza Samudio começa na manhã desta sexta-feira no Fórum de Contagem (MG). Estão previstos os debates, com réplica e tréplica, e a sentença de Luiz Henrique Romão, amigo de Bruno, e Fernanda Gomes de Castro, ex-namorada do goleiro. ?Sou um arquivo vivo?. A de Macarrão em seu depoimento na madrugada desta quinta, reforça os indícios de que a amizade entre ele e o goleiro Bruno de Souza acabou em ódio.

A reviravolta no relacionamento de 18 anos ficou comprovada no interrogatório de quase cinco horas sobre o desaparecimento e morte de Eliza Samudio, no 2º Tribunal do Júri de Contagem (MG). Cara a cara com a juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, Macarrão garantiu que o jogador mandou matar a ex-amante, mãe de Bruninho. Para escapar da condenação, os advogados de Bruno preparam a estratégia de ataque ao ex-amigo. O julgamento dele e de Fernanda Gomes, ex-namorada de Bruno, deve acabar nesta sexta.

O depoimento de Macarrão caiu como uma bomba no presídio Nelson Hungria, onde Bruno está preso. Na tarde desta quinta, agentes penitenciários revistaram a cela do jogador e retiraram tudo que ele pudesse usar para tentar se matar. A medida foi por causa de boatos de que Bruno havia cometido o suicídio. A informação chegou ao tribunal, causando tensão, no momento em que Fernanda era ouvida. A magistrada até pediu a saída dos jurados, mas voltou atrás. O pedido era para que os jurados não fossem influenciados.

Pela manhã, os advogados de Bruno estiveram com ele na cadeia durante 40 minutos. ?Ele ficou decepcionado com o depoimento de Macarrão e está se sentindo traído?, informou Lúcio Adolfo. À tarde, eles negaram que o atleta tivesse tentado o suicídio.

Para os jurados, Macarrão confessou que levou Eliza para ser morta, mas alegou que a entregou a uma pessoa que não sabia quem era. O promotor Henry Vasconcelos classificou a declaração como mentirosa e para proteger Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, acusado de ser o executor. ?Ele tem medo de ser morto por Bola?.

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