A defesa do ex-jogador de basquete Igor Eduardo Pereira Cabral, de 29 anos, solicitou à Justiça que ele seja mantido em cela isolada para garantir sua segurança e integridade física. Igor foi preso em flagrante no último sábado após agredir sua namorada, Juliana Garcia dos Santos Soares, de 35 anos, com 61 socos no rosto dentro do elevador de um condomínio em Natal (RN).
Atualmente, ele está na Central de Recebimento e Triagem (CRT) de Parnamirim, onde divide cela com outros seis detentos. Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária do Rio Grande do Norte (Seap-RN), ele deve ser transferido para uma unidade prisional até o fim desta semana ou início da próxima.
O caso, registrado por câmeras de segurança, causou grande comoção e revolta em todo o país. Nesta quarta-feira, familiares de Igor Eduardo emitiram uma nota pública afirmando não ter “qualquer responsabilidade pelos atos cometidos” pelo ex-atleta.
Endereços ligados a ele foram divulgados nas redes sociais, e um imóvel chegou a ser pichado com ameaças. Segundo a nota, trata-se de um espaço exclusivamente comercial, usado como local de trabalho por familiares.
Por isso, a defesa solicitou que Igor seja mantido em isolamento, alegando também ameaças da facção "Sindicato do Crime". A Justiça deu 48 horas para que a secretaria informe as medidas adotadas. Segundo a pasta, é padrão que os presos fiquem inicialmente na CRT, onde passam por avaliações de saúde, análises sociais e um período de adaptação às regras do sistema prisional.
"Ele não está em uma cela coletiva 'normal', ele está em uma conhecida como 'cela de seguro'. Por isso que está com seis presos, nas outras tem mais, no mínimo dez", disse a Seap-RN.
A secretaria informou que, antes da transferência para uma unidade prisional definitiva, é preciso avaliar se o preso possui condições médicas, faz uso de medicamentos contínuos, tem dependência química ou enfrenta problemas de convivência com outros detentos.
"O preso passa (no CRT) por uma Comissão Técnica de Classificação, equipe multidisciplinar formada por policiais penais, psicólogos e uma equipe de saúde prisional completa", explicou a pasta, que também ressaltou que essa etapa classifica a condição do acusado, bem como seu grau de periculosidade.
(Com informações do O Globo)