O presídio Major César Oliveira, em Teresina, que já foi considerado modelo no Estado do Piauí, apresenta sinais de defasagem. Segundo o coordenador adjunto das Comissões da Ordem dos Advogados do Brasil, João Washington, em meados de janeiro de 2014 foram oito fugas; no ano de 2013 aconteceram mais 200, e desde 1977, quando foi aberta, até o ano de 2012 foram registrados 882 fugas.
Um levantamento aponta que o sistema prisional do estado está considerado falido, de acordo com o coordenador. ?Eu tenho certeza que o nosso relatório irá apontar isso. Na Irmão Guido nós vimos hoje um prédio deteriorado, esgotos entupidos, sem câmeras de seguranças, falta de agentes penitenciários, fossas estouradas?, ao fazer as afirmações João Washington considerou que os agentes penitenciários e funcionários em geral merecem respeito por fazerem bem acima do que podem.
Como alternativa, o coordenador aponta mudanças políticas de segurança no Brasil, pois os limites do estado estão extrapolados com o cenário atual do sistema penitenciário. ?Ou nós encaramos com seriedade ou nós mudamos legislações penais, criando normas de comportamentos para os presos.?
Dois perfis de presos existem na penitenciária Irmão Guido, segundo o João Washington: o que trabalha, que é mais feliz, e o que é jogado em uma cela.
Outro ponto considerado inadmissível por ele é a entrada e saída de presos inúmeras vezes. ?Nós não podemos aceitar que presos fiquem entrando e saindo 20 ou 30 vezes, assim como, presos esperando dois ou três anos para ser ouvido. Essa política tem que ser reestudada?, encerra.