O corpo da modelo Pâmela Baris do Nascimento, que morreu durante uma cirurgia de lipoaspiração, foi exumado na manhã desta sexta-feira (23), em São Francisco do Sul, no Norte de Santa Catarina, segundo a Polícia Civil.
A modelo catarinense fez o procedimento no dia 19 de outubro em um hospital da Zona Sul de São Paulo.
Durante a cirurgia, ela teve o fígado perfurado e sofreu uma hemorragia, seguida de parada cardiorrespiratória. O caso só foi comunicado à polícia no dia 29, quando o corpo já havia sido sepultado na cidade catarinense, onde mora a família da modelo. A demora para fazer o registro chamou a atenção da polícia, que investiga se houve algum erro médico durante a cirurgia e por que o médico liberou o corpo da paciente antes de comunicar a autoridade policial, o que caracterizaria fraude processual.
A autorização para a exumação foi dada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo no dia 31 de outubro. O prontuário da paciente, de 27 anos, e demais documentos relativos ao hospital onde a cirurgia aconteceu foram entregues à polícia.
Em nota, o hospital afirmou que a instituição "jamais registrou caso que se assemelhasse" a este e que todos os seus profissionais são habilitados para os procedimentos que realizam. "Foi aberta uma sindicância interna para apuração dos fatos. Todas as informações colhidas serão documentadas e entregues às autoridades competentes conforme solicitação", diz a nota.
Estudante
Pâmela era estudante de Biomedicina e, segundo a polícia, há um ano estava em São Paulo. Ela fazia participações especiais em programas de televisão. A tia que registrou o boletim de ocorrência mora em Santa Catarina e assumiu a educação da sobrinha desde que ela perdera a mãe, aos 6 anos.
Segundo a família, Pâmela sempre foi vaidosa, principalmente depois que passou a ser modelo. Ela já tinha feito pelo menos duas cirurgias no nariz, colocado silicone e se submetido a uma lipoaspiração há um ano.