O corpo da advogada Ariane Wojcik, de 25 anos, foi encontrado por equipes do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) nesta quarta-feira (9) em um ponto turístico de Chapada dos Guimarães, a 65 km de Cuiabá.
A jovem desapareceu após postar a denúncia de um suposto assédio de um professor durante o estágio. Segundo a Polícia Civil, um inquérito deve ser aberto para investigar a causa da morte.Ariadne foi nomeada na terça-feira (8) para uma vaga no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) e tomaria posse nesta quarta-feira (9). Segundo a Polícia Civil, um tio da jovem reconheceu o corpo que estava no Mirante, um dos pontos turísticos do Parque Nacional de Chapada dos Guimarães.
Um inquérito policial deve ser aberto para investigar as causas da morte.De acordo com o delegado Diego Martiminiano, pessoas próximas a jovem devem ser ouvidas nos próximos dias. “O taxista que levou a jovem até o local onde ela foi encontrada deve prestar depoimento, os pais da jovem também vão ser ouvidos”, afirmou.Em uma rede social, a advogada denunciou um suposto assédio sofrido quando estagiava em um escritório de advocacia em Brasília.
No relato, ela conta que um professor passou a presenteá-la e encaminhar mensagens pessoais. “As coisas ficaram muito estranhas quando ele demonstrava que sabia todos os lugares onde eu ia, sabia o teor das minhas conversas, com quem eu falava, sabia as páginas que eu acessava no meu computador pessoal”, contou. Ainda segundo o relato da jovem, o professor passou a monitorar inclusive o horário em que ela chegava em casa.No post, a jovem contou que decidiu deixar o emprego e se mudar para Cuiabá, cidade de origem dela.
“Eu achava que aqui, em Cuiabá, no emprego novo, na vida nova, eu estaria a salvo da perseguição dele, mas ele nunca desiste, nunca. Eu estou exausta e não tenho mais forças para tentar me desvencilhar das artimanhas dessa mente doentiamente perversa e egocêntrica. Cheguei no fim da linha”, diz outro da mensagem.