Marcos Paulo da Silva, conhecido como "Lúcifer", é um assassino em série que aterrorizou as prisões de São Paulo ao matar brutalmente pelo menos 50 presos e confessando com orgulho cada um deles. Após matá-los, ele ainda tirava as vísceras das vítimas. Membro do PCC, tornou-se uma figura temida até mesmo entre os criminosos mais durões. Ele foi diagnosticado com psicose e transtorno de personalidade antissocial.
vida no crime
Sua história sombria começou em 1995, quando foi preso pela primeira vez aos 18 anos por furto e roubo. Com 20 anos de idade, ele foi batizado pelo Comando da Capital, o PCC. No entanto, em 2013, ele rompeu com a facção, alegando que a organização havia se desviado de seus princípios, e fundou a Irmandade de Resgate do Bonde Cerol Fininho, dedicada a eliminar integrantes do PCC e de outras facções com requintes de crueldade.
Os assassinatos cometidos por Lúcifer e seus seguidores são conhecidos por sua extrema brutalidade. Em 2015, por exemplo, na Penitenciária 1 de Presidente Venceslau, os corpos de dois detentos foram encontrados mutilados, com abdômen aberto, vísceras arrancadas e cabeças decepadas, em um ritual macabro que incluía escrever "Cerol Fininho" com o sangue das vítimas.
prisões
Em uma das prisões pelas quais passou, Lúcifer matou cinco detentos. Os homens haviam sido escolhidos para matá-lo, mas acabaram retornando em sacos pretos. Segundo agentes penitenciários, enquanto cometia os assassinatos, ele dizia: "É muito pouco, quero matar mais."
vida na prisão
Durante sua vida na prisão, ele tatuou imagens do Diabo em seu corpo, o que lhe rendeu o apelido de "Lúcifer". Muitos no sistema penitenciário acreditam que o apelido é bem merecido. Ele também se desiludiu com o PCC e os rumos que a facção tomou.
Mesmo após romper com o PCC, Lúcifer ainda mantinha contato com a facção, sendo procurado em 2017 para assassinar José Roberto Fernandes Barbosa, o "Zé Roberto da Compensa", chefe da Família do Norte (FDN), rival do PCC. Um bilhete encontrado no esgoto da prisão onde ele estava solicitava o pedido da execução. Lúcifer receberia uma boa grana por fazer isso e não seria mais considerado inimigo do PCC. Essa informação foi obtida através desses bilhetes e está no inquérito da Operação Echelon, que prendeu mais de 75 pessoas.
Aos 42 anos, Lúcifer possui numerosos cortes, cicatrizes e tatuagens de tridentes e do próprio satanás em seu corpo. Ele é constantemente transferido de um presídio para outro, já que os diretores temem problemas com ele. Lúcifer foi condenado por oito execuções — seis como autor direto e duas como mandante — mas confessou ter assassinado mais de 50 pessoas. Ele ainda é julgado por outros crimes e tem uma pena acumulada superior a 160 anos.