Imagem mostra preso por matar promotor longe do crime; veja

Circuito de vídeo pode mostrar que Edmacy estava longe na hora do crime.

Imagem mostra preso por matar promotor longe do crime | Reprodução
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A família de Edmacy Ubirajara, suspeito de ter assassinado do promotor Thiago Soares há uma semana, na PE-300, alega que ele não estava próximo ao local no momento do crime. Os parentes do homem, que está detido no Cotel, em Abreu e Lima, divulgaram, no domingo (20), imagens das câmeras de segurança dos comerciantes da cidade de Águas Belas. Eles acreditam que outras pessoas, que estariam em um veículo também presente nos vídeos, seriam os reais suspeitos.

De acordo com as imagens, um carro escuro e sem placa passa pela Rua Tiradentes às 8h33 da manhã. É neste veículo que a família acredita estar o real executor. Doze minutos depois, as imagens mostram outro veículo. Nele, sim, estaria Edmacy Ubirajara, de camisa branca ao volante. Ele estaria seguindo em direção à casa de um amigo.

Em outra imagem, registrada às 8h46, aparece o suposto carro do promotor Thiago Faria Soares, em direção à PE-300. Após dois minutos, aparece outro veículo, sem placa, no mesmo sentido. Trata-se do carro onde estaria o suspeito de cometer o crime, segundo a família. Em outra imagem, o suposto carro onde estaria Edmacy, de cor escura, é visto em uma feira livre, às 9h05. Os familiares dizem que o veículo seguia em direção a uma farmácia, onde Edmacy e a mulher teriam ido para recarregar celulares pré-pagos.

O chefe da Polícia Civil de Pernambuco, Osvaldo Morais, informou que esta e outras imagens dos comerciantes de Águas Belas estão sendo investigadas. Como a qualidade delas é ruim, será preciso fazer uma análise minuciosa. "Estamos de posse dessas imagens, elas foram encaminhadas à perícia. Além dessas imagens, existem outras, que precisam ser confrontadas. Óbvio que a família vai pegar a parte que interessa", disse ele, em entrevista ao Bom Dia Pernambuco desta segunda-feira (21).

Cinco delegados estão trabalhando para concluir o caso, sendo dois da capital e dois do Sertão, além de um membro da inteligência da polícia. Há uma linha de investigação principal, que é a disputa por terras arrematadas pela noiva do promotor em um leilão, embora todas as outras informações devam ser checadas pelas autoridades.

"A polícia trabalha sem descartar nenhuma hipótese, então vamos de acordo com as informações que vão chegando e o que vai sendo demonstrado nas investigações. A primeira parte, de coletar depoimentos, é muito importante", destacou Morais.

O inquérito está sendo acompanhando por membros do Ministério Público de Pernambuco (MPPE).

O caso

O promotor foi assassinado com quatro tiros de espingarda 12 na cabeça e morreu dentro do carro, na última segunda (14), quando seguia para Itaíba pela rodovia PE-300. Thiago Faria Soares tinha 36 anos e era noivo da advogada Mysheva Martins. Ela e o tio estavam dentro do carro do promotor, mas escaparam sem nenhum ferimento. Mysheva é a principal testemunha e já prestou três depoimentos. À polícia, ela disse que se escondeu e conseguiu fugir.

A principal linha de investigação aponta para uma discórdia sobre a posse da Fazenda Nova, que fica em Águas Belas, no Agreste, arrematada em um leilão pela noiva da vítima. José Maria Pedro Rosendo Barbosa, o posseiro das terras, teve de deixar o local depois de uma ação judicial. Por causa de uma dívida trabalhista na Justiça Federal, Mysheva Martins conseguiu comprar a sede da fazenda. Nesse processo, ela teria recebido ajuda do noivo, o promotor Thiago Faria. Na desapropriação, ele esteve na fazenda com um oficial de Justiça. José Maria é suspeito de ser o mandante do crime e está foragido.

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