O carro da professora Fernanda Reinecke Bonin, de 42 anos, foi encontrado na tarde deste sábado (3), na região de Interlagos, cinco dias e próximo ao local de onde o corpo da educadora foi encontrado. Um passo importante para as investigações que querem saber, homicídio ou latrocínio, que é o roubo seguido de morte que vitimou a professora?
Segundo vizinhos, o carro teria sido abandonado no começo da semana e além disso, o celular da vítima não foi localizado e as investigações seguem com o foco de assassinado. A professora teria sido seguida assim que saiu de casa após receber uma ligação com um pedido de socorro por parte da ex-companheira (entenda mais abaixo). Até o fechamento da matéria, a perícia da Polícia Civil fazia uma varredura em buscas de digitais e uso de Luminol no carro da professora.
INVESTIGAÇÕES E DEPOIMENTO DA EX-COMPANHEIRA
O Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), segue investigando o caso. A ex-companheira da professora, Fernanda Fazio prestou um depoimento falando como foi o pedido de ajuda que fez à Fernanda Bonin, no dia que ela desapareceu. No entanto, os policiais viram inconsistências na versão apresentada por Fernanda e pediram um novo depoimento.
Nesta sexta-feira (2), ela voltou ao DHPP e prestou um novo depoimento de pelo menos quatro horas. Fernanda havia dito no primeiro depoimento que no domingo (27), dia dos fatos, ela estava com os dois filhos quando o carro dela deu um problema na marcha. Ela então, ligou para a professora, pedindo ajuda.
Imagens de câmeras de segurança registraram o momento que Bonin deixa o prédio usando o elevador e saindo com o carro. Segundo as investigações, o trajeto foi refeito da casa da professora até o local onde estaria a ex-companheira, mas não há imagens de câmeras em nenhuma das ruas, que mostram o carro da educadora. Veja:
Ainda no primeiro depoimento, Fernanda disse que ficou no local por meia hora e que depois o carro voltou a funcionar. Ela foi embora, mas não disse para onde. A ex-companheira disse que como não foi até o local, ela então foi até o apartamento da professora e que não conseguiu contato. No dia seguinte, como não tinha notícias da educadora, a mulher então resolveu acionar a polícia.
Devido a algumas lacunas, um novo depoimento foi pedido. A polícia também pediu perícia no carro da ex-companheira para ver a caixa de câmbio. Ela não é tratada como suspeita, mas sim, averiguada.
Fernanda foi casada com a professora, com quem teve dois filhos gêmeos, por oito anos, mas viviam separadas há cerca de um ano. Pessoas próximas da professora, foram ouvidas pela polícia e relataram brigas frequentes, principalmente depois que houve a separação.
A professora foi encontrada sem vida no dia 28 de abril em um terreno próximo ao Autódromo de Interlagos. Fernanda estava com roupas e cadarço enrolado no pescoço.