A Prefeitura de São Bernardo informou, nesta segunda-feira (6), que a paciente Bruna Araújo de Souza, de 30 anos, morreu após a adoção de cuidados paliativos. A decisão foi tomada pela equipe médica junto à família. Em nota, o município lamentou a morte e destacou que a paciente recebeu toda a assistência necessária durante o período de internação.
Bruna morreu após tomar um drink de vodca adulterada com metanol. De acordo com a Secretaria de Saúde, até esta data, a Vigilância Epidemiológica registrou 78 notificações de suspeita de contaminação por metanol. Desses casos, um foi confirmado — o da paciente de 30 anos —, seis resultaram em morte e 72 pessoas foram atendidas em unidades públicas e privadas da cidade. Entre os óbitos, cinco são homens e uma mulher.
As vítimas são um homem de 38 anos, morador de Itu, que morreu em 18 de setembro; outro de 58 anos, que morreu em 24 de setembro no Hospital de Urgência; um homem de 45 anos, morador de São Paulo, que morreu em 28 de setembro; um de 49 anos, que faleceu em casa no dia 30; outro de 36 anos, que morreu em 2 de outubro no Hospital de Urgência; e a mulher de 30 anos, internada no Hospital de Clínicas, que morreu nesta segunda-feira.
Dos 72 pacientes que procuraram atendimento, seis foram atendidos na rede particular, 53 foram acolhidos em unidades municipais e já receberam alta, e 13 permanecem internados. Os exames dos casos de morte estão sendo realizados pelo Instituto Médico Legal (IML) para confirmar ou descartar a contaminação. A Secretaria de Saúde informou que as unidades estão preparadas para atender possíveis novos casos.
A Vigilância Epidemiológica segue acompanhando as famílias das vítimas e dos pacientes internados. O trabalho inclui a identificação de locais de consumo e a orientação de comerciantes sobre a procedência das bebidas. Quatro estabelecimentos e alguns lotes de bebidas foram interditados nos bairros Taboão, Paulicéia, Ferrazópolis e Parque dos Químicos. A ação foi realizada pela Vigilância Sanitária Municipal em parceria com a Vigilância Sanitária Estadual (GVS-7). A Polícia Civil também apreendeu garrafas nos locais e a Delegacia de Infrações contra o Meio Ambiente (DICMA) conduz a investigação criminal.