Uma grande operação da Polícia Civil realizada nesta quinta-feira (16) resultou na prisão de nove pessoas e na morte de um homem identificado como Guilherme Heisenberg da Silva Nogueira, conhecido como Bronx, durante o cumprimento de mandados judiciais na comunidade de Paraisópolis, Zona Sul de São Paulo.
A ação, batizada de Operação Conexões Ocultas, tem como objetivo desarticular uma quadrilha especializada em roubos, latrocínios e receptação de celulares, alianças e motocicletas, além de identificar suspeitos de fornecimento de armas e placas falsas. Ao todo, foram expedidos 36 mandados de prisão e 43 de busca e apreensão, cumpridos nas zonas Sul e Central da capital e também no Distrito Federal.
Mais de 170 policiais participaram da operação, que mobilizou equipes do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), além do apoio aéreo do helicóptero Pelicano, do Serviço Aerotático (SAT) do Departamento de Operações Especiais (Dope). As investigações, conduzidas pela 1ª Delegacia de Investigações sobre Roubo e Latrocínio (Disccpat), duraram cerca de oito meses.
Durante o cumprimento de um mandado na Rua Ernest Renan, próximo à Rua Major José Marioto Ferreira, Bronx reagiu à abordagem policial e atirou contra os agentes. Ele usava um revólver calibre 38 e foi baleado após o confronto, morrendo no local. Nenhum policial ficou ferido.
De acordo com o Deic, Bronx atuava como braço operacional de Suedna Barbosa Carneiro, conhecida como Mainha de Paraisópolis, apontada como líder do esquema de receptação e fornecimento de armas. O suspeito também era investigado por participação em roubos de motos, celulares e joias.
A polícia afirma que a quadrilha mantinha uma estrutura organizada e compartimentada, com funções específicas entre os integrantes — desde os responsáveis pelos assaltos até aqueles que revendiam os objetos roubados. Segundo os investigadores, as prisões anteriores de membros do grupo ajudaram a mapear toda a rede criminosa.