A Justiça de Guarulhos pediu a soltura do motorista que admitiu ter bebido “aproximadamente oito garrafas de 600 ml de cerveja, iniciando a ingestão alcoólica por volta das 16 horas”, momentos antes do acidente que resultou na morte de Cristiano Almeida da Cruz, 38 anos, na madrugada do dia 11 de abril. A vítima andava pela calçada e foi atingida pelo motorista, que fugiu do local.
O motorista, identificado como Erick Rodrigo Batista, de 38 anos, é comunicador e é conhecido como “Gaza”, tendo um podcast que recebe autoridades e personalidades de Guarulhos e região. O motorista que dirigia um carro de alto valor foi preso horas depois do crime. Em depoimento, ele confessou que todas as quintas-feiras “tinha como de costume de participar de encontros com colegas de trabalho, em formato de “happy hour”, e que, na data em questão, teria consumido aproximadamente oito garrafas de 600 ml de cerveja, iniciando a ingestão alcoólica por volta das 16 horas. Em relação ao acidente, o referido informou ter notado que havia colidido com algo ao subir na calçada com o automóvel, contudo, optou por seguir viagem”. Ele também se recusou a fazer o teste do bafômetro.
Segundo o Juiz Rodrigo Tellini de Aguirre Camargo, da Vara Criminal de Guarulhos, mesmo que o acusado tenha dirigido após beber, trafegado em alta velocidade e mudado de forma repentina, atingido a vítima, não “há indicação de que em liberdade, ele colocará risco a ordem pública, o regular andamento da instrução criminal ou mesmo a aplicação da lei penal”.
O juiz também complementa que “nos dias de hoje, o encarceramento cautelar constitui medida excepcional no ordenamento jurídico e deve mirar o indivíduo efetivamente perigoso, o que não parece ser o caso dos autos”.
Segundo a Defesa, Erick “é primário, de bons antecedentes e há comprovação de endereço fixo no distrito da culpa e ocupação lícita”. Veja o momento do crime:
Com a soltura de Erick, o juiz definiu algumas medidas cautelares, entre elas: Carteira de habilitação suspensa, proibido frequentar bares, boates e casas noturnas durante o processo, não pode sair da cidade sem qualquer tipo de autorização e deverá comparecer mensalmente à Justiça para informar e justificar suas atividades.
O caso aconteceu um dia depois de que duas jovens foram atropeladas por um motorista na avenida Goiás em São Caetano do Sul. Na época, nossa equipe esteve no local registrando os fatos.