Clínica de estética clandestina pode ter infectado cliente com bactéria rara no DF

Clínica de estética clandestina pode ter infectado cliente com bactéria rara no DF

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O Distrito Federal confirmou o primeiro caso de infec??o no Pa?s por Mycobacterium arupense. A micobact?ria, considerada rara, infectou uma mulher que, segundo a Secretaria de Sa?de do DF (SES-DF), realizou procedimento est?tico em uma suposta cl?nica clandestina no Guar?. O nome da v?tima n?o foi revelado. Os sintomas causados pela contamina??o s?o n?dulos dolorosos, avermelhados e quentes nos locais de aplica??o de enzimas, abscessos de pus, feridas e febre.

Outras 14 pessoas que se submeteram ao tratamento est?tico no mesmo estabelecimento est?o inclu?das na lista de casos suspeitos de infec??o pela micobact?ria ? da mesma fam?lia da que causa tuberculose e lepra. De acordo com o subsecret?rio de Vigil?ncia ? Sa?de do DF, Joaquim Barros Neto, o local onde as v?timas foram contaminadas, uma casa no Guar?, n?o ? autorizado a realizar procedimentos est?ticos. Ele deveria funcionar apenas como casa de massagem.

Joaquim Barros Neto suspeita que o medicamento Lispostabil seja o causador das contamina?es pela micobact?ria. O nome do produto foi identificado em anota?es encontradas nas fichas de atendimento dos clientes. O subsecret?rio alerta que o medicamento, utilizado para fins de redu??o de gordura localizada, n?o est? registrado na Ag?ncia Nacional de Vigil?ncia Sanit?ria (Anvisa). Ou seja, seu uso n?o ? autorizado no Brasil.

?N?o se sabe como essa cl?nica teve acesso ao medicamento. Certamente, ele estava contaminado e chegou ao pa?s de forma contrabandeada?, destacou Joaquim Barros Neto. O caso da paciente que teve a infec??o confirmada foi constatado entre setembro e outubro do ano passado. Segundo o subsecret?rio, antes de detectar a doen?a, a v?tima teria procurado atendimento em um hospital de Bras?lia, mas a contamina??o n?o foi detectada. ?S? depois do pedido de ajuda ? Subsecretaria de Vigil?ncia ? Sa?de ? que uma junta m?dica descobriu a presen?a da micobact?ria no organismo da paciente. ? uma bact?ria dif?cil de ser descoberta, pois ela se desenvolve muito lentamente?, explica.

A SES j? tentou interditar a cl?nica, mas sem sucesso. Isso porque, a princ?pio, o local funciona como casa de massagem. Joaquim Barros Neto disse que a propriet?ria nega aplicar qualquer enzima para efeitos est?ticos. Ele conta que, ainda em 2007, a SES registrou boletim de ocorr?ncia contra a suposta cl?nica clandestina, mas at? agora a pol?cia n?o tomou provid?ncias.

Desde o caso confirmado da paciente contaminada por Mycobacterium arupense, a Subsecretaria de Vigil?ncia ? Sa?de mant?m um setor exclusivo para identifica??o e tratamento da bact?ria em quest?o no Laborat?rio Central de Bras?lia (Lacen). Segundo Joaquim Barros Neto, a confirma??o dos demais casos suspeitos pode ser demorada, chegando a at? 40 dias, uma vez que o exame laboratorial para identificar a presen?a da bact?ria ? bastante complexo. Qualquer pessoa que apresente sintomas de infec??o pela micobact?ria deve procurar o Lacen, localizado na 601 Norte. O telefone do laborat?rio ? o 3325-2621.

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