Chinês escravizado no Brasil diz que tem mais três escravos no país

Yan Kian Kuam era mantido em cárcere privado em uma pastelaria na zona norte

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O chinês Yan Kian Kuam recebeu alta do Hospital Getúlio Vargas, na Penha, zona norte do Rio. Ele estava internado para se recuperar das agressões provocadas pelo primo, que é o dono de pastelaria, na zona norte, onde ele era forçado a trabalhar sem pagamento.

Segundo a polícia, Yan Kian revelou que existem pelo menos cinco pessoas que, junto com ele, vieram para o Brasil iludidas por uma proposta de emprego e acabaram forçadas a trabalhar sob tortura. O grupo se dispersou na chegada ao País. Segundo o jovem de 22 anos, ao menos um dos viajantes seguiu para ser escravizado no Estado de São Paulo. O chinês teria sido comprado por R$ 30 mil.

O chinês foi encontrado pela polícia muito machucado em um alojamento precário dentro da pastelaria. Segundo as investigações, o primo o escravizou pelos últimos seis meses.

Na delegacia, o suposto agressor admitiu que brigou com a vítima, que teve a cabeça lançada contra uma máquina de fazer massas de pastéis. A orelha esquerda de Yan Kian Kuam ficou desfigurada.

O comerciante foi preso em flagrante e indiciado por tortura, escravidão, omissão de socorro e frustração ao direito assegurado por lei trabalhista. Ele vem sendo mantido no complexo penitenciário de Bangu. A pastelaria foi interditada.

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