Chacina: sete pessoas são mortas dentro de casa; todos os corpos foram encontrados empilhados

A chacina foi cometida por homens encapuzados que chegaram ao local por volta das 23h em três carros.

Corpos das vítimas da chacina são levados para IML | Fernando Quevedo / Agência O Globo
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Sete pessoas morreram em uma chacina em Realengo, na Zona Oeste da cidade, na noite desta quinta-feira. Os corpos foram encontrados com marcas de tiros de fuzil 556 e de pistola 9mm na varanda de uma casa no número 499 da Rua Nuretama. De acordo com o relato de testemunhas, a chacina foi cometida por homens encapuzados que chegaram ao local por volta das 23h em três carros. As vítimas foram identificadas como Toni Anderson Damásio Alves, de 37 anos; Renata Souza da Silva, de 30; Leandro Marcos Pereira, de 24; Alex Prudêncio de Amorim, de 28; Luan Santos da Cunha e os irmãos Amanda Silva Guimarães, de 27, e Cleiton Guimarães.

Segundo o delegado da Divisão de Homicídios (DH), Pablo Rodrigues, no interior da casa foi encontrada uma pequena quantidade de droga, além de objetos como cachimbos e papel de seda. Uma moto, sem placa, também foi apreendida.

- Nestas primeiras 48 horas, nenhuma hipótese para motivação do crime está descartada. Colhemos informações e encontramos uma pequena quantidade de maconha e vestígios de que na casa havia o consumo de drogas. Agora, vamos ouvir as testemunhas na delegacia - disse o policial, que acompanhou a perícia no local do crime.

Testemunhas relataram que, para pular o muro da casa, os assassinos usaram uma van, que estava estacionada na calçada. Houve gritaria e as vítimas foram encurraladas na varanda principal do imóvel, onde foram executadas com vários tiros. De acordo com moradores de rua, a casa, que pertencia ao casal Toni e Renata, era frequentava por pessoas que consumiam drogas no local.

Dois carros da Defesa Civil foram até a Rua Nuretama para a remoção dos corpos, que foram levados para o Instituto Médico-Legal (IML). No local, familiares das vítimas acompanharam o serviço. Uma mulher passou mal e desmaiou. O tio de Toni Anderson, Iderval Antônio Gonçalves, de 70 anos, confirmou que o seu sobrinho e a mulher recebiam amigos para o consumo de drogas. Por conta disso, o casal perdeu a guarda dos dois filhos, que estão sendo criados por parentes.

- Alguns vizinhos contaram que ouviram os disparos, mas ainda não há nada de concreto. Meu sobrinho tinha problemas com drogas desde os 15 anos. Mas, apesar disso, ele nunca foi violento - contou Iderval.

Ainda segundo moradores, que não quiseram se identificar, Toni sempre morou no bairro e nos últimos anos a sua casa era frequentava por várias pessoas, principalmente no período da madrugada. Vizinhos já tinham chamado a Polícia Militar por conta do barulho que o grupo fazia.

Chacina em colégio

Realengo já foi cenário de uma outra chacina, ocorrida em 7 de abril de 2011. Naquele dia, Wellington de Oliveira, de 23 anos, entrou na Escola Municipal Tasso da Silveira, onde já havia estudado, e começou a disparar contras as crianças. Matou 12 estudantes e deixou mais 12 feridos. As vítimas tinham entre 12 e 14 anos. O assassino estava com dois revólveres e entrou em duas salas do oitavo ano do ensino fundamental. Logo em seguida, cometeu suicídio.

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