A Polícia Civil do Distrito Federal procura um quarto suspeito pela chacina da família da cabeleireira Elizamar Silva. De 10 pessoas desaparecidas, sete corpos foram encontrados e cinco identificados (saiba mais abaixo).
Três pessoas estão presas e, neste domingo, a polícia divulgou a foto e o nome de mais um suposto envolvido: Carloman dos Santos Nogueira, de 26 anos, morador da região de Santa Maria, no DF.
Durante a investigação, a polícia do DF encontrou impressões digitais de Carlomam no cativeiro usado pelos criminosos e também no carro de um dos suspeitos. Em um vídeo publicado nas redes sociais, Carlomam também aparece em uma celebração com outro suspeito.
A chacina
A cabeleireira Elizamar Silva, de 39 anos, e três filhos pequenos sumiram na quinta-feira (12). No dia seguinte, o veículo dela foi encontrado com os quatro corpos queimados dentro, perto de Cristalina (GO), no Entorno do DF.
Elizamar desapareceu após sair para buscar o marido, Thiago Gabriel, de 30 anos, na casa da sogra, na região do Itapoã, no DF. Até a publicação desta reportagem Thiago permanecia desaparecido.
O sogro da cabeleireira, Marcos Antônio Lopes de Oliveira, de 54 anos também estava sumido, mas o corpo dele foi encontrado enterrado com sinais de esquartejamento no terreno de um suposto cativeiro, em Planaltina. A identificação foi feita na quinta (19) pela Polícia Civil do DF.
No fim de semana do desaparecimento da cabeleireira, a polícia encontrou o carro de Marcos Antônio na região de Unaí (MG), divisa com o DF. Dentro havia mais dois corpos que também não foram identificados, no entanto, a polícia suspeita que eles são da sogra e da cunhada de Elizamar, Renata Juliene Belchior, de 52 anos, e Gabriela Belchior, de 25 anos.
Além disso, na terça (17), os investigadores divulgaram que mais duas pessoas estão desaparecidas: a ex-mulher do sogro da cabelereira, Cláudia Regina Marques de Oliveira, e a filha de Cláudia e Marcos Antônio, Ana Beatriz Marques de Oliveira.
Os presos
Na terça-feira (17), a Polícia Civil do DF prendeu dois suspeitos por envolvimento no desaparecimento da família. Pela manhã, Gideon Batista de Menezes, de 55 anos, foi preso no Recanto das Emas e levado para a 6ª Delegacia de Polícia, no Paranoá, responsável pela investigação.
O delegado Ricardo Viana disse que o suspeito tinha as mãos queimadas, e que trabalha com Marcos Antônio, sogro de Elizamar. À tarde, Horácio Carlos Ferreira Barbosa foi preso por suspeita de participar do sumiço da família.
Ele confessou o crime à polícia e disse que foi encomendado pelo marido e pelo sogro da cabeleireira. Na noite de terça-feira (17), um terceiro suspeito, identificado como Fabrício Silva Canhedo, foi preso.
No entanto, após a localização do sétimo corpo, a polícia afirmou que a tese de que pai e filho encomendaram o crime "perdeu a força". Segundo o delegado Ricardo Viana, há indícios de que todos os desaparecidos podem estar mortos.