Celulares são principal alvo de assaltantes em Teresina

De acordo com um site que registra informações de roubo, concedidas pelas próprias vítimas, em Teresina o celular é o alvo preferido de bandidos

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O problema de assaltos nos grandes centros urbanos é algo que geralmente se volta para aparelhos celulares. Estes são os principais alvos de bandidos. Dados do site www.ondefuiroubado.com.br mostram que das 56 denúncias registradas em Teresina, o celular lidera o ranking de objetos roubados, seguidos de bolsas e mochilas em segundo lugar e em terceiro lugar carteiras. O site mostra onde e como se dão roubos e furtos que acontecem em todo Brasil com base no relato das próprias vítimas.

Saindo da escola, entre 18 e 19 horas, a estudante Gilderlane Camelo, estava no passeio da Avenida Frei Serafim, que, de acordo com ela, estava bastante movimentada, em pleno horário de pico.

A jovem estava com fones de ouvido, escutando músicas no seu celular e mal ouviu a abordagem do bandido que vinha numa bicicleta e se encontrava desarmado.

Segundo a universitária, eles pediram apenas o celular e foi o único bem perdido naquele dia. A segunda vez que foi assaltada foi no Bairro Santa Maria da Codipe por assaltantes armados em uma moto e novamente levaram apenas o celular.

Isto mostra que esse tipo de roubo não ocorre apenas nas zonas centrais. Sâmia Beatriz, também universitária, afirma que já foi assaltada três vezes. Todas as vezes aconteceram no bairro em que ela reside, o Saci.

Em todas as vezes que foi assaltada os ladrões levaram somente o celular. Sâmia afirma que depois desses incidentes ficou traumatizada e toma muito cuidado com o aparelho, já que na primeira vez que foi assaltada estava com o aparelho na mão.

?Agora quando volto de um lugar e já está tarde coloco o celular dentro da calça ou em outro lugar escondido. E sempre peço para mamãe vir me buscar. Lá (Saci) a partir das 21 horas está perigoso. Se você andar na rua sozinho ou acompanhado será assaltado. Eu morro de medo e fiquei traumatizada?, declara a estudante.

Doutor em Antropologia Social e Segurança Pública, Arnaldo Eugênio, afirma que este tipo de crime está relacionado direta ou indiretamente com o tráfico de drogas, pois o aparelho pode ser facilmente trocado para pagar contas com traficantes e/ou para consumir mais drogas. Segundo ele, nesse mercado o valor real do celular cai em média 70%.

Ele explica que a grande oferta e a variedade de celulares atraem os bandidos, que avaliam que é uma modalidade de crime mais prática e rápida do que o roubo de um carro, por exemplo. Além de serem trocados por drogas com mais agilidade.

Ele pondera que em alguns casos uma destreza maior da vítima poderia evitar este tipo de ação dos bandidos.

Segundo ele é preciso ficar atento ao uso do aparelho em locais públicos. ?A ideia é usar o celular em casos estritamente necessários. Evitar o aparelho em público. Evitar entrar em Facebook, watsapp em ruas, praças e locais ermos?, orienta.

Ele adverte também que é preciso estar alerta no trânsito. Ao estacionar para atender o celular é preciso observar a área e avaliar previamente possíveis riscos.

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