A Polícia Científica confirmou que a professora de inglês e estudante universitária Catarina Kasten, de 31 anos, morreu por asfixia decorrente de estrangulamento. O laudo também identificou sinais compatíveis com violência sexual. O crime ocorreu na manhã de sexta-feira (21), na trilha do Matadeiro, em Florianópolis, quando ela se deslocava para uma aula de natação.
O suspeito, Giovane Correa Mayer, de 21 anos, está preso preventivamente. Segundo a Polícia Civil, ele admitiu ter estrangulado Catarina utilizando um cadarço e confessou a agressão sexual. Ele responderá pelos crimes de estupro e feminicídio.
O Ministério Público de Santa Catarina informou nesta segunda-feira (24) que acompanha o caso, que tramita na 36ª Promotoria de Justiça da Capital, vinculada ao Tribunal do Júri. O órgão aguarda a finalização do inquérito para análise das próximas etapas.
Após a prisão, Giovane também passou a ser investigado por um estupro ocorrido em 2022, contra uma idosa de 69 anos. A Polícia Civil confirmou que reabrirá o inquérito daquele caso para comparar evidências com o assassinato de Catarina.
Quem era Catarina Kasten
Catarina cursava pós-graduação em Estudos Linguísticos e Literários na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Graduada em Letras-Inglês em 2022, atuava como professora e pretendia ingressar no doutorado, segundo relatos de amigos. Antes da área de Letras, havia estudado Engenharia de Produção, participando do Centro Acadêmico do curso (CALIPRO).
A UFSC divulgou nota lamentando a morte da estudante e repudiando qualquer forma de violência contra mulheres. No sábado (22), um ato público reuniu pessoas próximas à trilha onde o corpo foi encontrado, em homenagem à pesquisadora e em defesa de mais segurança para mulheres na capital.
O Centro de Comunicação e Expressão da instituição também manifestou pesar, destacando a dedicação e contribuição de Catarina ao programa de pós-graduação.