A pol?cia de S?o Paulo se baseou em laudos da per?cia, nos depoimentos de testemunhas e em dedu?es para escrever o relat?rio final do inqu?rito sobre a morte de Isabella Nardoni. O Jornal Nacional teve acesso ao conte?do do documento. O relat?rio final da pol?cia ? assinado pela delegada Renata Helena da Silva Pontes, que comandou as investiga?es. O documento tem 43 p?ginas e faz parte do inqu?rito que foi entregue ? Justi?a na quarta feira (30).
A delegada ? categ?rica ao dizer que Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatob? mantiveram a mentira de forma dissimulada, desprezando o bom senso de todos, para permanecer impunes. O relat?rio mostra a vers?o da pol?cia para o crime e, segundo a delegada, levou em conta laudo do Instituto de Criminal?stica, les?es observadas na v?tima e depoimentos de testemunhas.
A primeira conclus?o ? que as agress?es come?aram no carro da fam?lia: segundo o relat?rio, Anna Carolina Jatob? feriu Isabella na testa, com um instrumento n?o identificado. A madrasta segurava esse instrumento com a m?o esquerda, virou-se para tr?s e alcan?ou o rosto da menina.
A delegada diz que houve sangramento, gotejando sangue no assoalho, atr?s do banco do motorista, na lateral esquerda do carrinho do beb? e um esfrega?o, uma esp?cie de borr?o, de sangue na parte posterior do banco do motorista. N?o foi feito exame de DNA no sangue, porque a quantidade era pequena. Para a defesa, isso impediria a pol?cia de afirmar que o sangue ? de Isabella.
Segundo o relat?rio, o sangue observado na lateral esquerda da cadeirinha do beb? tem o perfil gen?tico de Isabella. Segundo peritos consultados pelo Jornal Nacional, todos os membros de uma fam?lia tem o mesmo perfil gen?tico, ou seja, o exame realizado n?o foi conclusivo.
Depois da chegada ? garagem do Edif?cio London, segundo a delegada, todos subiram juntos ao apartamento. Isabella estava no colo do pai. Alexandre a jogou no ch?o, diz o relat?rio, perto do sof?. Nesse local, observou-se maior concentra??o de sangue, n?o vis?vel a olho nu, mas identificado gra?as a reagentes qu?micos.
Em outro trecho, a delegada diz que Isabella sofreu duas fraturas devido a um forte impacto, como ter sido atirada no ch?o. O sangue foi limpo e, ao que tudo indica segundo a delegada, com uma fralda de crian?a.
Na noite do crime, a pol?cia encontrou uma fralda dentro de um balde. Era a ?nica pe?a j? lavada, no meio de outras que estavam no cesto e no ch?o, sujas. Segundo laudo do Instituto de Criminal?stica, reagentes qu?midos identificaram a presen?a de sangue na fralda.
Para a delegada, o pesco?o de Isabella foi apertado por tempo consider?vel e de maneira forte, a ponto de a menina sofrer asfixia. O relat?rio final sobre o caso menciona o fato de duas pessoas terem ouvido gritos de crian?a chamando o pai, pouco antes da queda de Isabella.
A delegada afirma: por causa das les?es, Isabella n?o podia gritar. Portanto, a voz era do irm?o de Isabellla, de 3 anos, que queria que o pai intercedesse, no momento em que a menina estava sendo asfixiada. E completa: sendo assim, se deduz que a pessoa que apertou fortemente o pesco?o da vitima foi Anna Carolina Jatob?.
Renata Pontes n?o indica o motivo do crime, mas afirma no relat?rio que h? provas robustas de ter sido Alexandre Nardoni quem jogou Isabella pela janela. As principais s?o as marcas da rede na camiseta de Alexandre e as marcas do chinelo que ele usava que ficaram num len?ol.
A delegada tamb?m diz ter ficado impressionada com a atitude de Alexandre na noite do crime. Para ela, o pai da garota tentava convencer a todos de que havia um ladr?o no pr?dio e n?o demonstrava abatimento pela morte.
Para a pol?cia, n?o h? d?vidas do descontrole emocional do casal. Em v?rios depoimentos, h? relatos de brigas, principalmente por causa do ci?me que a madrasta tinha de Alexandre e de Isabella. Uma vizinha da fam?lia Nardoni disse ? policia que Anna Carolina disputava a aten??o do marido. Chegava a tirar Isa