Caso Heloísa: MPF suspeita que PRF tenha atirado mais que 3 vezes

Fabiano Menacho Ferreira, declarou ter efetuado três disparos contra o veículo da família da vítima

Caso menina Heloísa | Reprodução
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O Ministério Público Federal (MPF) do Rio de Janeiro aponta suspeitas de que mais disparos podem ter sido efetuados pelos agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) durante a operação que resultou na morte da menina Heloísa dos Santos Silva, de 3 anos. Por esse motivo, o MPF solicitou a realização de uma nova perícia, agora conduzida pela Polícia Federal.

O autor dos tiros, Fabiano Menacho Ferreira, declarou ter efetuado três disparos contra o veículo da família da vítima, sendo que um deles atingiu a cabeça da criança na região da nuca.

“Pelas fotografias tiradas pelos agentes, mostram mais tiros do que consta no laudo da Polícia Civil. Nós precisamos saber exatamente a posição, a trajetória das balas", afirmou o coordenador do Núcleo Externo da Atividade Policial do MPF-RJ, procurador da República Eduardo Benones.

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Benones considera importante que sejam realizadas novas perícias não apenas nos fuzis, mas também nas pistolas dos agentes, além do exame no veículo. O Ministério Público Federal (MPF) solicitou a prisão preventiva dos policiais, porém, até a noite de sábado, a decisão judicial ainda não havia sido proferida.

Os policiais alegaram que abriram fogo contra o veículo após suspeitarem que o mesmo fosse roubado e afirmaram ter ouvido um tiro. No entanto, a família nega ter efetuado qualquer disparo e argumenta que não tinha conhecimento de que o carro que adquiriram estava envolvido em atividades criminosas.

"Tem um agravante: ainda que o veículo seja um veículo roubado ou furtado, quando você toma uma atitude dessa, o que você fez no balanço dos valores foi valorizar mais a propriedade que é o carro do que a vida humana. Isto é muito grave”, diz Benones.

Heloísa dos Santos Silva morreu às 9h22 deste sábado (16). Ela estava hospitalizada desde o dia 7 de setembro, no Hospital Adão Pereira Nunes, localizado em Duque de Caxias, em decorrência de ferimentos sofridos durante uma abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no Arco Metropolitano. Heloísa permaneceu no Centro de Terapia Intensiva (CTI) por 9 dias.

Conforme o boletim médico divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde, Heloísa sofreu uma parada cardiorrespiratória irreversível.

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