Durante a audiência no Fórum de Picos realizada ontem(26), Joaquim Pereira Neto, acusado de fazer parte da quadrilha que executou o ex-vereador de São Julião, Emídio Reis, diz que foi torturado para confessar participação no crime. A afirmação tem sido vista pela acusação como uma estratégia de defesa para desqualificar o trabalho da polícia.
Dentre os presos estão o vice-prefeito de São Julião, Francimar Pereira e Valter, este último diz ter sido ameaçado de morte na penitenciária Irmão Guido, em Teresina.
Apesar dos vários tiros que recebeu, a perícia aponta que a vítima teria sido enterrada ainda com vida pelos próprios pistoleiros. O corpo da vítima foi encontrado em um matagal na região de Picos. A prisão dos envolvidos precisou de aparato tecnológico e de inteligência da Polícia Civil. Para ela o trabalho está concluído, ficando com o Ministério Público e com a Justiça, uma possível condenação dos acusados.
O delegado geral da Polícia Civil, James Guerra, diz que todo o trabalho da polícia foi convalidado pela denúncia feita pelo promotor e pela juíza de direito da comarca, que manteve as prisões. ?A versão apresentada pelo Joaquim não é nova, então, em nada altera o trabalho que foi feito pela polícia. A qualidade do trabalho feito pela polícia vai garantir que essas pessoas sejam condenadas e que paguem pelo homicídio que praticaram contra o José Emídio?, concluiu.
?Ele confessou o crime, com detalhes. Ele contou como foi descontado e com quem estava o cheque, e uma prova maior: ele disse que descontou o cheque numa agência bancária de Picos, e agora esse elemento orientado por um mal profissional vem alegar que foi torturado? Ele deveria procurar outro meio de defesa!.?