Na noite do dia 29 de março, a brasileira Emilly Rodrigues foi levada por sua amiga, Juliana Magalhães Mourão, a um jantar com o empresário Francisco Sáenz Valiente e outros amigos em Buenos Aires. Depois do jantar, Emilly, Juliana, Francisco e uma terceira mulher foram para o apartamento do empresário, em uma área nobre da cidade. No dia seguinte, um morador denunciou à polícia a presença de um corpo caído no térreo do local.
O empresário dono do apartamento, Francisco Sáenz Valiente, e Juliana Mourão foram levados pela polícia, e a amiga de Emilly, Juliana, logo foi liberada pelos investigadores. Em depoimento à polícia, Francisco disse que a brasileira se jogou da janela. No dia 3 abril, o advogado da família de Emmily informou que o caso é tratado como feminicídio na Argentina.
De acordo com o advogado da família de Emilly Rodrigues, Ignacio Trimarco, o empresário Francisco Sáenz Valiente é investigado por suspeito de cometer feminicídio. Ele chegou a ser preso, mas foi solto, no dia 19 de abril, após a Justiça da Argentina concluir que não havia razões para mantê-lo custodiado. A versão apontada pela defesa do suspeito é que a brasileira estava sob efeitos de alucinógenos e se suicidou. De acordo com o advogado da família da jovem, os resultados dos exames toxicológicos ainda não foram liberados.
Andamento do caso
Nesta quarta-feira (17), juízes revisitaram o apartamento do prédio em Buenos Aires, na Argentina, de onde Emmily Rodrigues caiu. A investigação no local foi feita após o surgimento de uma série de mensagens encontradas do celular do empresário Francisco Sáenz Valiente, 52, preso por suspeita de envolvimento na morte. Em seu depoimento, ele afirmou que a jovem brasileira teve um surto após ingerir bebida alcoólica e se jogou do edifício.
As mensagens tornaram-se comprometedoras ao provar que ele oferecia drogas a Emmily Rodrigues e suas amigas. Com esse procedimento, os desembargadores da Câmara Criminal vão definir o desenrolar do caso. Se investigam se a morte da brasileira foi feminicídio ou suicídio. Até o momento o caso é investigado como 'suspeita' de feminicídio.
Os estudos toxicológicos realizados pelo Corpo Médico Legal apontaram, na semana passada, que, antes de cair, a modelo brasileira consumiu substâncias como álcool, cocaína, maconha, cetamina e MDMA, princípio ativo do ecstasy. Uma das principais hipóteses apontadas no processo, é de que Emmily foi drogada para que tivesse relações sexuais e que acabou sendo empurrada ou caído da janela ao tentar pedir ajuda e sair daquela situação. Emmily era de Salvador e trabalhava em uma agência de turismo para brasileiros.