A assistente social acusada de participar do assassinato de Bernardo Boldrini, de 11 anos, confessou na quarta-feira (10), ter cavado o buraco no qual o menino foi enterrado. A criança foi morta em abril deste ano. Edelvânia Wirganovicz disse ainda que não matou o garoto e que o irmão dela, Evandro, não participou do crime.
Essa foi a primeira vez que a assistente social falou com a imprensa desde que foi presa. Acompanhada do advogado, Demetryus Grapiglia, ela afirmou que não participou diretamente da morte do menino.
— Eu não matei o Bernardo. Eu só fui fazer a cova.
Edelvânia fez questão de inocentar o irmão, Evandro Wirganivicz, que também está preso pelo crime.
— O Evandro é inocente. Eu sofro na minha cadeia, porque eu sei que ele é inocente. A minha mãe sabe.
As declarações foram dadas em uma sala do Fórum de Frederico Westphalen, no norte do Rio Grande do Sul, logo após o encerramento de uma audiência de instrução do caso. Na oportunidade, seis testemunhas de defesa do processo foram ouvidas. Todas foram arroladas pelos advogados dos irmãos Evandro e Edelvânia Wirganovicz.
O caso
Em abril deste ano, após dez dias desaparecido, o corpo de Bernardo Boldrini, de 11 anos, foi encontrado enterrado em um matagal na área rural de Frederico Westphalen, cidade que fica a cerca de 80 km de Três Passos, onde o menino morava. Além dos irmãos Wirganovicz, também estão presos o pai da criança, o médico Leandro Boldrini, e a madrasta, a enfermeira Graciele Ugulini. Os quatro respondem por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
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