Casal de PM entrega 'falso' atestado de Covid para curtir praia paradisíaca

O casal decidiu viajar porque ambos estavam em licença médica e não poderiam comparecer a nenhum serviço da PMDF durante esse período, então optaram por não perder o dinheiro investido na viagem.

O destino planejado pelo casal, era a cidade de Porto Seguro, localizada no estado da Bahia. | Polícia Militar do Distrito Federal/Ilustração
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Vinícius da Cunha Sette e Sabrina Santos Araújo Garcia são membros da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) e também compartilham uma relação como casal. Além de terem suas vidas profissionais conectadas, os dois enfrentaram uma situação em que solicitaram uma folga para viajar durante o período do Réveillon, em dezembro do ano passado. No entanto, conforme informações divulgadas pelo portal Metrópoles, o pedido foi negado pelo comando da corporação.

O destino planejado pelo casal, era a cidade de Porto Seguro, localizada no estado da Bahia. Após receberem a negativa da corporação em relação à solicitação de folga para viajar, eles tomaram uma atitude insatisfatória. No dia seguinte, ambos acionaram a polícia militar apresentando atestados médicos que alegavam positivo para Covid-19. Com isso, eles se ausentaram do trabalho, alegando estar infectados pelo vírus.

Contudo, essa medida adotada pelo casal era, na verdade, uma fraude. Durante o período em que estavam supostamente afastados por motivos de saúde, eles embarcaram em um voo comercial com destino a Porto Seguro, no último dia de 2022. A mulher retornou a Brasília no quarto dia do ano seguinte, enquanto o namorado voltou no dia 5 de janeiro.

É importante ressaltar que durante a viagem do casal, a tropa da Polícia Militar estava em prontidão devido à cerimônia de posse presidencial que ocorreu na Esplanada dos Ministérios, no dia 1º de janeiro. O atestado médico apresentado por Sabrina era válido por cinco dias, enquanto o de Vinícius tinha uma validade de dois dias a mais.

Como a situação gerou estranheza, o comando da PMDF abriu a investigação contra o casal. Em um documento, o órgão evidencia que nenhum dos policiais procurou oficialmente a seção administrativa para adquirir as folgas porque “já tinham conhecimento de que tal pedido seria negado”.

Consequentemente, foram abertos procedimentos de Investigação Preliminar (PIP) contra os dois policiais militares. Segundo a publicação, o órgão esclareceu que ambos estão sujeitos a um processo ético-disciplinar em andamento, que não pode ser divulgado devido ao sigilo legal imposto às investigações.

Até o mês de abril deste ano, Sabrina e Vinícius eram listados como soldados de primeira classe no Portal da Transparência do Distrito Federal. Recebiam uma remuneração bruta de aproximadamente R$ 7.790,43.

Em contato com a Polícia Militar do DF, Vinícius enfatizou que apresentou sintomas na manhã do dia 30 de dezembro e que, durante a viagem, tomou todas as precauções necessárias relacionadas à Covid-19, como o uso de máscaras, álcool em gel e evitar locais fechados. A instituição acredita que existem indícios de condutas contrárias à disciplina exigida no contexto militar, bem como a autoria e materialidade de crime.

Segundo o relato de Sabrina, o casal decidiu viajar porque ambos estavam em licença médica e não poderiam comparecer a nenhum serviço da PMDF durante esse período, então optaram por não perder o dinheiro investido na viagem.

De acordo com o site Metrópoles, a defesa de Vinícius Sette alegou que ele está respondendo a um processo administrativo na corporação e que irá se manifestar apenas nos autos. Por outro lado, a defesa de Sabrina Santos não se pronunciou até o momento.

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