Um tribunal no Egito condenou à morte um proeminente empresário egípcio e um ex-policial pelo assassinato da cantora pop libanesa Suzanne Tamimum caso que teve grande de grande repercussão no mundo árabe.
O juiz egípcio ordenou que o bilionário Hisham Talaat Mustafa e Mohsen al-Sukkari fossem enforcados por, respectivamente, ordenar e matar a cantora.
Tamim foi encontrada decapitada e com várias marcas de facadas no corpo em seu apartamento em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, em julho do ano passado.
Mustafa foi preso em setembro, acusado de pagar US$ 2 milhões em dinheiro a al-Sukkari para que matasse a cantora, que alcançou a fama depois de vencer um concurso de calouros libanês, em 1996.
O juiz condenou al-Sukkari por matar Tamim com uma faca e Mustafa de participar no crime por "incitamento, acordo e assistência" na morte da libanesa.
Houve tumulto na sala do tribunal depois que o juiz anunciou sua decisão e ordenou que os dois homens fossem levados para o mufti (líder religioso) para que este confirmasse a sentença. Os dois, entretanto, ainda têm o direito à apelação.
O empresário egípcio é um membro importante do Partido Democrático Nacional, do presidente Hosni Mubarak, e também do Conselho da Shura, o senado egípcio. Ele também está à frente do grupo Talaat Mustafa, uma companhia de negócios imobiliários de bilhões de dólares.
Amor e dinheiro
A vida de Tamim foi marcada por disputas domésticas, incluindo um atribulado casamento com seu segundo marido e agente, que a acusou de tentar assassiná-lo em 2004.
De acordo com a mídia árabe, Mustafa ofereceu US$ 50 milhões para que Tamim se casasse com ele.
Os dois tiveram um relacionamento por três anos, mas que havia terminado alguns meses antes da morte da cantora.
A morte da cantora atraiu a atenção de muitos egípcios e o mundo árabe em geral por envolver uma mistura de riqueza, política e show.
A mídia árabe diz que o caso também trouxe constrangimento para o presidente Mubarak pelo fato de Mustafa ser um alto membro de seu partido e da elite do país, sempre vista como acima da lei.