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Bebê que morreu com cinto em creche clandestina esperava vaga na rede pública

Em nota, a pasta informou que a inscrição de Laura foi validada em abril deste ano e que ela estava regularmente cadastrada.

Bebê morre em creche clandestina aguardando vaga pública | Foto: Reprodução
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A bebê Laura Rebeca Ribeiro dos Santos, de 1 ano e 4 meses, que morreu após se asfixiar com o cinto de um bebê conforto em uma creche privada clandestina, aguardava uma vaga na rede pública de ensino do Distrito Federal.

A informação foi confirmada pela Secretaria de Educação do DF após relato da avó da criança, Aparecida Maria, ao portal Metrópoles. Em nota, a pasta informou que a inscrição de Laura foi validada em abril deste ano e que ela estava regularmente cadastrada no sistema de chamamento por vagas em creches públicas.

Segundo a secretaria, a convocação depende da oferta disponível, que varia de acordo com a idade da criança, a regional de ensino e a capacidade de cada unidade. Na região que abrange Ceilândia, Pôr do Sol e Sol Nascente, existem atualmente 48 creches públicas, com um total de 6.341 vagas.

Laura morreu enquanto estava sob a responsabilidade de uma cuidadora que funcionava de forma irregular, transformando a própria residência em uma creche sem autorização dos órgãos competentes. A tragédia ocorreu na tarde de quinta-feira (11/12), no QNO 6, conjunto P, no Setor O, em Ceilândia.

Mãe da criança, Lorrany Stephane é mãe solo e precisou sair para trabalhar no dia do ocorrido. Sem ter com quem deixar a filha, já que a avó, que costumava cuidar da bebê, tinha outro compromisso, ela buscou uma alternativa de última hora.

Segundo relatos, a cuidadora foi indicada por uma colega. A casa funcionava como uma creche clandestina, recebendo crianças mediante pagamento, sem fiscalização ou autorização oficial.

De acordo com a mãe, aquele foi o primeiro dia em que Laura ficou sob os cuidados de terceiros. A bebê acabou se asfixiando com o cinto do bebê conforto e não resistiu.

O caso é investigado pelas autoridades e reacende o debate sobre a falta de vagas na educação infantil e os riscos enfrentados por famílias que recorrem a serviços irregulares por falta de alternativas.

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