Quatro assaltantes fizeram reféns nesta quarta-feira, uma gerente do Banco do Brasil, seus dois filhos - uma mulher de 20 anos, um garoto de 8 anos - e seu neto de 3 anos, na cidade de Confresa, distante 1.160 km de Cuiabá (MT). A Polícia Civil estima que tenha sido levado do banco cerca de R$ 700 mil. As polícias civil e militar realizam um cerco na região do Xingu, em Mato Grosso, até a divisa com o Estado do Pará.
As primeiras informações eram que o assalto teria tido a participação de dez bandidos, o que não foi confirmado pela polícia. Na semana passada, no dia 05 de janeiro, ocorreu um assalto à agência do Banco do Brasil, na cidade de Canarana. Segundo a polícia, não existe confirmação de que a quadrilha do assalto da semana passada seja a mesma de hoje.
Conforme relato dos reféns à polícia, no final da tarde de terça-feira, a gerente Celina Maurita Guenkka, 41 anos, chegava em casa com o filho de 8 anos quando foram rendidos por dois assaltantes que já estavam dentro da residência com a filha e o neto de 3 anos. Eles passaram a noite com a família e, por volta das 3h, a filha e as duas crianças foram levadas por um terceiro integrante do bando para um cativeiro, a 15 km de Confresa, sendo vigiados pelo quarto membro do bando.
Um dos assaltantes, após deixar os três reféns no cativeiro, retornou à cidade. Os assaltantes foram, então, com a gerente até o banco. Ao chegar no banco fizeram refém o guarda e, na manhã desta quarta-feira, fizeram reféns mais dois funcionários. O tesoureiro foi também surpreendido pelos bandidos dentro da agência e obrigado a programar a abertura do cofre para às 8h, quando o funcionário responsável pela chave chegava para que retirassem o dinheiro. A polícia estima que tenha sido levado R$ 700 mil.
Logo depois do roubo, eles fugiram em um Fiat Uno vermelho de propriedade do tesoureiro do banco, conduzido por outro funcionário da agência, que foi deixando em frente ao hospital da cidade. Os bandidos seguiram em direção ao Estado do Pará.
O assaltante que estava no local com os reféns disse que haveria troca de turno no cativeiro, e saiu por volta das 8 horas, horário previsto da conclusão do assalto. Os filhos e o neto foram libertados por volta das 9h30 da manhã, depois de conseguirem se soltar das amarras nos pés e procurar socorro. Os reféns afirmaram ao delegado Marcos Aurélio Dias Leão, de Confresa, que os bandidos estavam sem capuz, armados com pistolas e que não queriam ferir ninguém.
O diretor de interior da Polícia Civil, Jales Batista da Silva, disse que as buscas estão sendo realizadas em toda a região do Xingu, até a divisa com o Estado do Pará.