Juliana Rangel, vítima de um tiro na cabeça na véspera de Natal de 2024, passou 31 dias intubada e passou por uma traqueostomia. Ela deixou o CTI no dia 25 e segue sua recuperação em um quarto hospitalar. Ela fala com dificuldade, mas pela primeira vez, relatou sua experiência.
“Quero agradecer a todos que acreditaram em mim, que eu ia voltar. Eu voltei, gente, por um milagre”, comemora Juliana Rangel.
VEJA O QUE ELA DISSE AO FANTÁSTICO
Paulo Renato Soares, repórter: Você tem noção do que você passou assim de como foi?
Juliana Rangel: Eu estou lembrando aos poucos o que aconteceu. Agora eu quero me recuperar para voltar à minha vida que eu tinha antes.
Repórter: E essa família que ficou o tempo todo com você? Seu pai, sua mãe...
Juliana: Também muito grata por eles. Muito.
TRAGÉDIA NA VÉSPERA DE NATAL
Juliana foi baleada na cabeça na véspera de Natal de 2024, enquanto viajava com a família do Rio para Niterói. O pai dirigia, a mãe estava ao lado, e ela, o irmão e a namorada dele estavam no banco de trás, na rodovia Washington Luís, em Caxias, na Baixada Fluminense.
A família relatou que o carro estava a 90 km/h na pista do meio quando uma viatura da Polícia Rodoviária Federal se aproximou. O pai deu passagem, mudando para a pista da direita, mas a viatura o seguiu.
Confuso, ele voltou para a pista central, momento em que os policiais dispararam contra o carro. Os três agentes envolvidos, Leandro Ramos da Silva, Camila de Cássia Silva Bueno e Fábio Pereira Pontes, foram afastados e tiveram as armas apreendidas.
NOTA DA POLÍCIA FEDERAL
Em nota, a Polícia Federal disse que "as investigações seguem em andamento, aguardando a conclusão da perícia técnica criminal do local de crime”. Também por nota, a defesa dos três policiais rodoviários federais reafirmou o que eles disseram em depoimento: "que durante a abordagem foram ouvidos estampidos e que, naquele momento, os agentes acreditaram que o barulho vinha do carro da família. Isso os levou a efetuar os disparos".