A próxima audiência do caso Eliza Samudio está marcada para acontecer nesta sexta-feira (5) em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. Serão ouvidas duas testemunhas - uma convocada pela defesa e outra pelo juiz. Entre elas, há um policial civil que recebeu denúncia de que, no sítio do goleiro Bruno Fernandes, havia uma mulher ferida. Os nove acusados da morte da ex-amante de Bruno devem comparecer à sessão.
A última audiência do caso ocorreu na quarta-feira (3), no fórum de Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte. Dez testemunhas foram ouvidas e quatro, dispensadas pela juíza Lucimeire Rocha, da 3ª Vara Criminal de Precatórias Criminais. O adolescente envolvido no caso também não compareceu, porque estava internado.
Na ocasião, Sergio Rosa Sales, primo do goleiro, disse que foi torturado por um delegado que faz parte das investigações sobre o sumiço de Eliza em Minas Gerais. Sérgio afirmou também que está sendo ameaçado no Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) São Cristóvão por um delegado e que deseja ser transferido.
Em nota, a assessoria de imprensa da Polícia Civil de Minas Gerais disse que, em ?nenhum momento, o indiciado sofreu algum tipo de constrangimento?. Segundo a corporação, os depoimentos e acareações de Sergio foram acompanhados pelo advogado Marco Antônio Siqueira e por um representante da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).
Buscas por corpo em lago
Testemunhas já foram ouvidas nas cidades mineiras de Contagem, Vespasiano e Belo Horizonte. No dia 26 de outubro, o goleiro e o amigo Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, disseram a jornalistas que a jovem está viva e que eles não mereciam estar presos. Macarrão afirmou ainda que Eliza conseguiu "acabar com a vida de todos".
- A Eliza sempre falava que ia acabar com a vida do Bruno. Mas ela acabou com a vida de todos, inclusive com a minha. Ela está viva e escondida em algum lugar.
O Corpo de Bombeiros concluiu na tarde de quinta-feira (4) as buscas pelo corpo de Eliza na lagoa do Nado, que fica no bairro Planalto, na região norte de Belo Horizonte. Restos mortais de Eliza ou objetos dela não foram encontrados no local.